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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Evangelista que cura com chutes é proibido de entrar no Reino Unido

Após polêmica, seu visto foi recusado e as cruzadas, canceladas





Evangelista que cura com chutes é proibido de entrar no Reino Unido





Todd Bentley, pastor canadense que vive nos EUA e fundador da organização avivalista Fresh Fire, tinha planejado fazer este mês uma série de cultos na Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte.



No momento, ele está na Noruega para um evento chamado “Milagres, sinais e maravilhas”. Mas o ex-viciado em drogas, que afirma ter recebido quando se converteu uma “unção profética, de curas e milagres”, foi notificado que não poderá entrar no Reino Unido. A recusa formal afirma que sua visita “não era propícia para o bem público”.

O motivo de ele ser tratado assim é a polêmica causada por vídeos seus onde afirma que Deus já o usou para curar o câncer chutando pessoas no rosto ou no estômago.

Segundo o jornal The Guardian, um porta-voz do Ministério do Interior declarou: “Podemos confirmar que o Sr. Bentley foi excluído do Reino Unido. O governo não precisa de nenhuma desculpa para recusar o acesso das pessoas ao Reino Unido, se acreditar que elas não são propícias para o bem público. Vir para cá é um privilégio que recusamos a conceder àqueles que podem minar a nossa sociedade.”

Programadas para começar dia 30 de agosto, as cruzadas foram alvos de crítica desde que o deputado trabalhista Malcolm Wicks entrou com um pedido formal para que a Ministra do Interior, Theresa May, proibisse a entrada de Bentley no Reino Unido. Wicks alegou que “A visita dele só causará problemas”.

Em seu website oficial, o pastor de 36 anos alega: “A paixão da vida de Todd é seu ministério para as nações, e ver almas experimentarem a unção do Espírito Santo que é tangível e transferível”. Ele criticou a decisão e pediu que seus apoiadores o ajudassem a orar sobre isso.

“Estou profundamente triste com a recente decisão do governo do Reino Unido em relação a minha entrada no país. Neste momento, só podemos agradecer a Deus pelo apoio de nossos amigos no Reino Unido que realmente amam a Jesus e compreendem a fé sobrenatural. Nós acreditamos que o Reino Unido tem um grande destino, e estamos orando pelos líderes e pessoas do governo. Por favor, continue orando conosco sobre esta decisão e que possamos retornar em breve para o Reino Unido.”

Traduzido e adaptado de Telegraph

Com doença terminal, pastor de megaigreja afirma que sua fé mudou










Na década de 1980, o pastor Edward G. Dobson ganhou destaque na política norte-americana como executivo da organização conservadora “Maioria Moral”. Era uma espécie de fundação evangélica que defendia os interesses dos evangélicos. Ele chegou a ter influência na administração do presidente Ronald Reagan.
Em 1987, Ed Dobson, como é mais conhecido, assumiu o pastorado da Igreja do Calvário em Grand Rapids, Michigan. Seu ministério foi “de vento em popa” e o conceituado Instituto Bíblico Moody o nomeou “Pastor do Ano” em 1993.
Servindo como pastor da Igreja do Calvário por 18 anos, Dobson viu sua congregação chegar a mais de 5.000 pessoas aos domingos. Naquela época, Dobson influenciou toda uma geração de líderes. Foi ele, por exemplo, quem apoiou Rob Bell e o ajudou a iniciar a igreja Mars Hill de Grand Rapids. Ele diz estava acostumado a olhar para si mesmo como um homem cheio de lições, provérbios e, acima de tudo, respostas.

Uma espécie de “ícone” entre alguns círculos religiosos, tudo mudou quando Dobson foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig. Ao ser diagnosticado, em 2001, os médicos deram-lhe de 3 a 5 anos de vida.

“Eu sou feliz por estar falando com você agora mesmo”, brincou Dobson, cuja voz deteriorada pouco lembra seus dias de pregador. Em uma entrevista à CNN, o pastor falou devagar, mas mantendo a mesma confiança e autoridade de sempre.

Após a sua aposentadoria, em 2006, as multidões sumiram de sua vida. “Eu fui de 100 quilômetros por hora a zero de uma hora para outra”, explica Dobson. ”Isso foi um choque para o meu sistema.”
Ele afirma que as respostas desapareceram junto com as multidões. “Eu sei que soa um pouco sentimental… mas a verdade é que quanto mais eu vivo, menos as respostas eu tenho”.

Autor de 12 livros e atualmente produzindo vários curtas-metragens, Dobson é um homem cheio de lições sobre fé. Após ter sido diagnosticado com essa doença degenerativa e sem cura conhecida, sentiu-se totalmente inseguro. Às vezes, ele diz que nem queria sair da cama em alguns dias. Depois de anos de intenso estudo da Bíblia, o pastor aposentado ficou surpreso como reagiu à notícia de sua própria mortalidade.

“Eu pensei que se eu soubesse que ia morrer, teria realmente lido a Bíblia e teria realmente orado como se deve”, explica Dobson. ”Mas durante anos o oposto era verdade. Eu mal tinha tempo de ler a Bíblia e tinha grande dificuldade de orar. Você fica tão sobrecarregado com outros compromissos que perde a perspectiva correta”.

Após recuperar essa perspectiva, sua pregação ocorre em um nível mais pessoal. Ele agora se encontra com os fiéis um a um. Senta-se com eles em suas casas ou escritórios e oferece toda a ajuda que puder. ”A maioria das pessoas que me procuram têm ELA e, basicamente, eu apenas as escuto”, explica.
Sair de 5.000 fiéis por domingo para atender um de cada vez gerou uma grande mudança em Dobson, forçando-o a reavaliar o seu trabalho como pastor. ”Eu estou tentando aprender que o um-a-um é tão importante quanto pregar para multidões”, disse ele.
Hoje ele diz que seu ministério o lembra de Adão e Eva sendo cobrados por Deus para cuidar do Jardim do Éden. Durante anos, o jardim de Dobson era Igreja do Calvário, os batismos, casamentos e os cultos de domingo.

Em 2007, ele escreveu o livro “Orações e promessas quando estamos diante de uma doença fatal.” Daniel Dobson, seu filho, o está ajudando a transformar as histórias do livro em vídeos.
Steve Carr, diretor-executivo de uma empresa de produções é evangélico e entendeu o desafio. Cinco desses pequenos filmes escritos por Dobson já foram lançados por Carr e estão disponíveis no mercado. Existem planos para mais dois.
Embora os vídeos possuam temas variados, desde perda até perdão, passando por cura e crescimento espiritual, todos abordam as lições aprendidas por Dobson em sua batalha com a ELA. “Meu Jardim”, o título mais recente da série, mostra como Ed lidou com o fim de sua carreira de pregador.

“Eu não sou mais um pregador”, diz o combalido Dobson em frente à câmera. ”Hoje, diria que eu sou apenas um seguidor de Jesus. Ponto Final”. Aos 63 anos, para ele essa é a lição que os pastores mais precisam aprender hoje em dia.
Traduzido e adaptado de CNN

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ATÉ QUE NOS PROVEM O CONTRÁRIO TODOS SOMOS HIPÓCRITAS









Por favor, não me tenha por agressivo. O que descrevo nas linhas abaixo é apenas o retrato em preto e branco daquilo que realmente somos. Em minha já longa estrada é o que mais vejo no meio religioso. Até os verdadeiros santos admitem que são hipócritas. Somos o nosso próprio arquétipo. Mas se você é daqueles que "já alcançou grau elevado" acima dos simples mortais siga adiante e nem se dê ao trabalho de ler o texto. Ele foi escrito para os que estão na terra, os que choram pelas suas graves deficiências, os que não gostariam de ser o que são, cheios de falhas, mas ao mesmo tempo se encantam quando se veem abraçados pela graça, que os eleva à condição de pecadores maltrapilhos assentados à mesa no banquete do Grande Rei. É para esses, incluindo a mim, que o texto foi escrito, não para você.

Somos hipócritas quando usamos o nosso verdadeiro perfil nas redes virtuais para "vender" credibilidade, mas não nos causa nenhum asco usar "fakes" de toda ordem para expor a podridão do nosso coração.

Somos hipócritas quando em nossos discursos aparentamos usar e enaltecer a graça, mas, ao contrário, em nossa prática valorizamos com desavergonhada idolatria o sistema religioso.

Somos hipócritas quando usamos a fé em nossos mais diversos relacionamentos para ganhar a confiança, mas, na verdade, o nosso interesse é mesmo construir um reino estritamente pessoal.

Somos hipócritas quando exteriormente demonstramos simpatia por alguém, até com um sorriso maroto nos lábios, enquanto, por dentro, o nosso autêntico desejo é comer-lhe o fígado.

Somos hipócritas quando vestimos uma roupa que não nos cabe e nem nos pertence e queremos com isso que as pessoas acreditem que somos aquilo que não somos.

Somos hipócritas quando usamos a graça como desculpa para pecar, mas não nos submetemos a ela para resistir ao pecado.

Somos hipócritas quando dizemos alto e bom som que os nossos feitos são para a glória de Deus, mas nossa linguagem, em sua mais arguta sutileza, demonstra que, no fundo, são mesmo para a nossa glória. (tem muita gente que se enquadra aqui, mas admite que não.)

Somos hipócritas quando criticamos o comercialismo sem escrúpulo que grassa desavergonhadamente no meio evangélico, mas adotamos ao mesmo tempo, ainda que em menor escala, o mesmo comportamento, como "caixeiros-viajantes" pelo país.

Somos hipócritas quando nos tornamos a palmatória do mundo em nome de aparente santidade,  mas na verdade isso não passa de biombo para esconder as próprias fragilidades.

Somos hipócritas quando, para demonstrar zelo pela Casa de Deus, não nos constrangemos em expor os "grandes" pecados alheios, enquanto em nossa vida pessoal nos olvidamos dos "pequenos" pecados, que praticamos cada dia.

Somos hipócritas quando desprezamos a integridade e passamos a defender o erro em nome de suposta fidelidade.

Somos hipócritas quando, para aparentar nobreza de caráter, subjugamo-nos à lei, vilipendiamos a graça e, por causa disso, alimentamos cada vez mais o nosso complexo de culpa.

Somos hipócritas quando, em nome de suposta educação, deixamos de ser o que somos com o temor de nos tornarmos desagradáveis.

Somos hipócritas quando, em nome de interesses próprios, abrimos mão de convicções espirituais para receber benefícios de uma circunstância.

Somos hipócritas quando em nossa itinerância tornamos a nossa pregação mecanicista, como se fosse o mero repetir de uma gravação, simplesmente para agregar valor ao "produto" que vamos vender ao final da reunião.

Há remédio contra a hipocrisia? Ela é parte de nossa natureza, que abriga também outros sentimentos nada confortáveis. Lutar contra a hipocrisia em nossa força carnal de nada adianta. Submetê-la ao legalismo da opressão religiosa só faz aprofundá-la. Nosso conforto é simplesmente submeter-nos sem reservas à bendita e doce graça do nosso amado Jesus para que ela seja a força motriz a moldar o nosso caráter e para onde possamos correr todas as vezes em que a hipocrisia, ou qualquer outro maléfico sentimento, aflorar em nossos relacionamentos. Se você é honesto, há de concordar que isso ocorrerá com certa frequência, mas a graça estará ali como o seu abrigo nas horas do fracasso. Chegará um tempo em que esses sentimentos já não terão domínio sobre o seu coração, ainda que vez ou outra queiram manifestar as suas unhas afiadas.

Mas, por favor: não se sobreponha à graça. Ela é suficiente.


Texto do Pastor Geremias Couto

Cristo e o Anticristo





I João 2:18 "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora."

Os anticristos estão por toda a parte. Nós não vemos nem compreendemos que eles representam a fibra de Satanás em nossa sociedade. Eles aparecem na televisão, ocupam cargos no governo, ensinam em nossas escolas e até ocupam nossos púlpitos nas igrejas. Satanás pode disfarçar-se de anjo de luz, as pessoas vêem essa luz e pensam que ela é boa; pois a luz é boa. Precisamos examinar as escrituras para encontrar as similaridades e diferenças entre Cristo e o Anticristo. Quando conhecermos e compreendermos essas similaridades e diferenças, poderemos prontamente reconhecer o Senhor Jesus Cristo e todos os anticristos.


1. De onde ele vem?


a. Cristo veio de cima: João 6:38 "Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade; e, sim, a vontade daquele que me enviou."


b. O Anticristo virá do abismo: Apocalipse 11:7 "Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que emerge do abismo pelejará contra elas e as vencerá e matará."


2. Em nome de quem ele vem?


a. Cristo veio em nome do Pai: João 5:43 "Eu vim em nome de meu Pai e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente o recebereis."


b. O Anticristo virá em seu próprio nome: João 5:43 "Eu vim em nome de meu Pai e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente o recebereis."


3. Como se apresenta?


a. Cristo humilhou-se a si mesmo: Filipenses 2:8 "A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."


b. O Anticristo exalta-se a si mesmo: 2 Tessalonicenses 2:4 "O qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus."

4. Como o mundo o recebe?

a. Cristo foi desprezado. Isaías 53:3 "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso." Lucas 23:18 "Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás!"

b. O Anticristo é admirado: Apocalipse 13:3-4 "Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra de maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá pelejar contra ela?"

5. Como Deus o recebe?

a. Cristo é exaltado pelo Pai: Filipenses 2:9 "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome."

b. O Anticristo será lançado no lago de fogo: Isaías 14:14-15 "Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo." Apocalipse 19:20 "Mas a besta foi aprisionada , e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre."

6. Ele faz a vontade de quem?

a. Cristo veio para fazer a vontade do Pai: João 6:38 "Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade; e, sim, a vontade daquele que me enviou."

b. O Anticristo fará sua própria vontade: Daniel 11:36 "Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará cousas incríveis, e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito."

7. O que vem fazer?

a. Cristo veio para salvar: Lucas 19:10 "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido."

b. O Anticristo virá para destruir: Daniel 8:24 "Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo."

8. Preocupa-se com seus seguidores?

a. Cristo é o bom pastor: João 10:4-15 "Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem porque lhe reconhecem a voz; mas de modo algum seguirão o estranho, antes fugirão dele porque não conhecem a voz dos estranhos. Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreederam o sentido daquilo que lhes falava. Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim, são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagens. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas, e foge; então o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas."

b. O Anticristo é o pastor inútil: Zacarias 11:16-17 "Porque, eis que suscitarei um pastor na terra, o qual não cuidará das que estão perecendo, não buscará a desgarrada, não curará a que foi ferida, nem apascentará a sã, mas comerá a carne das gordas, e lhes arrancará até as unhas. Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada lhe cairá sobre o braço e sobre o olho direito; o braço completamente se lhe secará, e o olho direito de todo se escurecerá."

9. Que tipo de videira ele é?

a. Cristo é a videira verdadeira: João 15:11 "Eu sou a videira verdadeira, e meu pai é o agricultor."

b. O Anticristo é a videira da terra: Apocalipse 14:18 "Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem a autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tem a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada, e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas.

10. É honesto?

a. Cristo é a verdade: João 14:6 "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim."

b. O Anticristo é a mentira: 2 Tessalonicenses 2:11 "E por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira."

11. Quem é ele?

a. Cristo é o santo: Marcos 1:24 "Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus."

b. O Anticristo é o iníquo: 2 Tessalonicenses 2:8 "Então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro da sua boca, e o destruirá, pela manifestação de sua vinda."

12. Que tipo de homem é?

a. Cristo é o homem de dores: Isaías 53:3 "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso."

b. O Anticristo é o homem da iniquidade: 2 Tessalonicenses 2:3 "Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição."

13. De quem é filho?

a. Cristo é o Filho de Deus: Lucas 1:35 "Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra, por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus".

b. O Anticristo é o Filho da Perdição: 2 Tessalonicenses 2:3 "Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição."

14. O que tentará ensinar?

a. Cristo é o mistério da piedade: I Timóteo 3:16 "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: "Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória."


b. O Anticristo é o mistério da iniquidade: 2 Tessalonicenses 2:7 "Com efeito o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém."

15. A quem retrata?

a. Cristo veio na imagem de Deus: Colossenses 1:15 "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação."

b. O Anticristo virá na imagem de Satanás: Apocalipse 13:1-4 "Vi emergir do mar uma besta, que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá pelejar contra ela?"

16. Com quem está associado?

a. Cristo é parte da trindade celestial: Mateus 28:19 "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo."

b. O Anticristo é parte de uma trindade satânica: Apocalipse 16:13 "Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso proeta, três espíritos imundos semelhantes a rãs."

17. Qual animal o tipifica?


a. Cristo é o cordeiro sacrificial: I Pedro 1:19 "Mas pelo precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo."

b. O Anticristo é uma besta selvagem: Apocalipse 13:2 "A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade."

18. Quem o energiza?



a. O poder de Cristo é de Deus: Mateus 28:18 "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.

b. O poder do Anticristo provém de Satanás: Apocalipse 13:2 "A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade."

19. Quem o ressuscita?

a. Cristo foi ressurreto pelo poder de Deus: Romanos 1:4 "E foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor."

b. O Anticristo será ressuscitado pela besta: Apocalipse 13:3 "Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta." Apocalipse 13:12 "Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada."

20. Quem o adora?

a. Cristo recebe adoração dos crentes: Lucas 24:52 "Então eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo."

b. O Anticristo recebe adoração do mundo: Apocalipse 13:3, 4, 8 "Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? E adora-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo."

21. Como fala?

a. Cristo foi um grande orador: João 7:46 "Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem."

b. O Anticristo também será um grande orador: Apocalipse 13:5 "Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois meses." Daniel 7:8 "Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência."

22. Qual é a duração do seu ministério?

a. O ministério de Cristo durou três anos e meio: João 2:13, "Estando próxima a páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém." João 6:4 "Ora, a páscoa, festa dos judeus, estava próxima." João 11:55 "Estava próxima a páscoa dos judeus; e muitos daquela região subiram para Jerusalém antes da páscoa, para se purificarem."

b. O Anticristo exercerá grande poder durante três anos e meio: Apocalipse 13:5 "Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois meses."

23. Qual é seu número?

a. O número de Cristo é 7: Apocalipse 5:6,12 "Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tinha sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra.... Proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor."

b. O número do Anticristo é 666: Apocalipse 13:18 "Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis."

24. Como trata sua noiva?

a. Cristo ama sua noiva: Apocalipse 21:1-2 "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo."

b. O Anticristo mata sua noiva: Apocalipse 17:16-18 "Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes e a consumirão no fogo. Porque em seus corações incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e dêem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus."

25. Em que está montado?

a. Cristo está montado em um cavalo branco: Apocalipse 19:11 "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça."

b. O Anticristo também monta um cavalo branco: Apocalipse 6:2 "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer."

26. O que tem na cabeça?


a. Cristo tem muitas coroas: Apocalipse 19:12 "Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece senão ele mesmo."

b. O Anticristo tem uma única coroa: Apocalipse 6:2 "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer."

27. Que arma usa?

a. Cristo tem uma espada afiada: Apocalipse 19:15 "Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro; e pessoalmente pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso."

b. O Anticristo carrega um arco: Apocalipse 6:2 "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer."

28. Qual é seu propósito?

a. Cristo vem para governar: Apocalipse 19:15 "Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro; e pessoalmente pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso."

b. O Anticristo vem para conquistar: Apocalipse 6:2 "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer."

29. O que o segue?

a. Cristo é seguido por cavalos brancos e seus cavaleiros: Apocalipse 19:14 "E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro."

b. O Anticristo é seguido por cavalos vermelho, preto e amarelo: Apocalipse 6:4-8 "... e saiu outro cavalo, vermelho.... então vi, e eis um cavalo preto.... E olhei, e eis um cavalo amarelo." Os cavaleiros desses cavalos tirarão a paz, trarão a fome e grande mortandade sobre o mundo.

30. Quem o segue?

a. Cristo é seguido pelos exércitos que há nos céus: Apocalipse 19:14 "E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro."

b. O Anticristo é seguido pela morte, fome, e o inferno: Apocalipse 6:4-8 "E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada... Então vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi como que voz no meio dos quatro seres viventes, dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiiques o azeite e o vinho.... E olhei e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra."




Autor: Pr. Steve Harmon - Endereço Eletrônico: drsteve@iglou.com somente em inglês.
Tradução: Jeremias R. D. P. dos Santos
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Jornalista Israelense pode ter revelado local de sepultamento do massacre romano em Jerusalém






O jornalista Israelense Benny Liss pode ter revelado local de sepultamento do massacre romano em Jerusalém

Os restos de milhares de judeus massacrados pelos romanos no Monte do Templo, no momento da destruição do Segundo Templo podem ter sido descobertos em Jerusalém, segundo o jornalista veterano de arqueologia.

Nesta quinta-feira, durante a conferência de Megalim - no Instituto de Estudos da Cidade de Davi em Jerusalém, o jornalista Benny Liss exibiu um filme gravado há alguns anos atrás que mostra claramente milhares de esqueletos e ossos humanos no que parece ser um sepulcro comunal.

Liss que é um veterano repórter de arqueologia para o Canal 1 de Israel, disse espantado o público que o filme havia sido filmado em uma caverna espaçosa na área da Porta Dourada, ou das Consolações(Shaar Harachamim), perto da muralha oriental do Monte do Templo, mas do lado de fora dela. Liss levantou a possibilidade de que os esqueletos são os restos de 6.000 judeus, a maioria mulheres e crianças, mortos no Monte do Templo, quando os romanos destruíram o Segundo Templo, conforme descrito por Flávio Josefo, que testemunhou a destruição.

O filme mostra um grupo de pessoas que acessam a caverna com ferramentas de construção. Liss vai em primeiro lugar, seguido por um técnico de iluminação e um operador de câmara. Os três passam primeiro através de uma passagem estreita e, em seguida, entraran na caverna com os restos dos esqueletos. Liss diz que tentou descobrir o tamanho da pilha de restos, colocando a mão por dentro para medir, mas não conseguiu chegar ao fundo. O filme mostra Liss dissolvendo alguns dos materiais que estavam carbonizados perto dos esqueletos. Assim que saiu da caverna Liss, os funcionários da Autoridade de Antiguidades de Israel isolaram e bloquearam a entrada da caverna.

Durante a palestra, Liss também cita fontes históricas que mostram que na área da Cidade Velha, onde o cemitério muçulmano está agora, houve uma vez um antigo bairro judaico e um cemitério, que foram transferidos para o Vale de Josafá. Ele baseia sua teoria de que os esqueletos são os restos mortais das pessoas mortas no Monte do Templo em uma vala comum.

"Os romanos ficaram no Monte do Templo por um mês após a destruição do templo, até irem para conquistar a cidade superior [Bairro Judeu de hoje]", diz Liss. "Eles tiveram que se livrar dos milhares de corpos em decomposição e o lugar mais óbvio para fazer isso teria sido as grutas naturais na encosta superior do monte, em torno de Portão Misericórdia. "

O veterano jornalista ressaltou que esta era é apenas uma teoria. "Agora, após a nossa publicação, os peritos devem ir a campo e examinar o que nós encontramos na época, avaliá-lo e publicar suas próprias conclusões", diz ele.

Uma série de arqueólogos veteranos declararam ao jornal Israel Hayom que as imagens não são suficientes para determinar a história da caverna e que amostras precisam ser retiradas do local e datadas.

As chances de o local ser reaberto são muito pequenas, pois está situado em uma área particularmente sensível, onde a autoridade islâmica de Jerusalém, o Waqf mantém uma estreita vigilância e interpreta todos os movimentos por judeus ou autoridades israelenses como afronta.

A Autoridade de Antiguidades disse em resposta que não tinha conhecimento das conclusões apresentadas no filme de Liss ", e ficaria feliz em receber os materiais. Um oficial disse ao jornal Israel Hayom que ele estava ciente de relatórios infundados de uma caverna com uma grande quantidade de restos mortais humanos na área, mas por causa da extrema sensibilidade do local e sua proximidade com o cemitério muçulmano, a caverna nunca havia sido explorada.

Uma das bases para a conclusão de Benny é o fato de que ao contrário de outro cemitério que se encontra nas proximidades, este não pode ser considerado uma vala comum de cristãos, pois não foram encontrados nele cruzes ou outros símbolos cristãos conhecidos em valas comuns de cristão.

Diretor do Cafetorah

sábado, 18 de agosto de 2012

O PASTOR PROFISSIONAL







Sempre que um pastor for indagado sobre a sua profissão, qual deve ser a resposta? Incomoda-me quando afirmam que são pastores, ou seja, que a profissão que exercem é a de pastor. Quando tenho oportunidade de conversar com esses colegas mais próximos, sugiro que respondam: autônomo em vez de pastor. É claro que muitos discordam.

Mas o tipo de resposta a ser dada não é o problema que quero levantar nessa postagem. O ponto está mais além e é muito mais complexo. Inicialmente quero iniciar definindo o que significa ser um pastor e o que significa ser um profissional. 

Por pastor entendo um ministério, um serviço dedicado ao Reino, ou seja, alguém que exerce o dom do Espírito Santo no cuidado de um rebanho de acordo com as normas contidas nas Escrituras. É um trabalho que não visa a promoção pessoal e nem o lucro, embora dele retire o seu sustento. Trata-se de um ministro do Evangelho. Por profissional entendo alguém que luta por uma carreira bem sucedida que se estabelece pelo reconhecimento vindo de outras pessoas. Também é a busca do progresso técnico que exige resultados mensuráveis cujo corolário é a recompensa que surge por meio de altos salários e de uma boa aposentadoria. 

Não há nenhum problema em ser um bom profissional na empresa ou na instituição pública. A questão é quando o ministério pastoral se profissionaliza. Isso, sim, traz prejuízos à Igreja e ao propósito de Deus quanto ao amparo e, até mesmo, a proteção do povo. Como já disse, o trabalho pastoral deve ser visto como um ministério. Trata-se de um servo que preside, de um pai que cuida, de um mestre que doutrina ou de um enfermeiro que trata. Resumindo, o pastor é aquele que dá a vida pelo rebanho e o vivifica pelo poder de Deus. 

Já o pastor profissional é aquele que não se dedica mais ao propósito principal no qual fora vocacionado. Ele passa a não mais se importar com a simplicidade do ministério. Sente necessidade de se perceber confortável e seguro de si e por si mesmo, não importando os prejuízos que isso possa causar à igreja. Busca um futuro previsível e um presente que satisfaça os desejos egoístas. A visão que possui passa a ser regida pelo humanismo e sente a necessidade de ser notado por aqueles que deslumbram o seu aparente sucesso. Ou seja, são pastores que pastoreiam a si mesmo, todo o seu esforço é direcionado aos interesses pessoais. 

Não tenho dúvidas que tudo isso causa dor e frustração no meio do rebanho que definha moribundo e desorientado, principalmente quando percebe que o alvo de seu líder espiritual não é mais as ovelhas, mas, sim, o próprio estômago enquanto fingem pastorear. 

Nessa altura surge uma pergunta: como podemos detectar alguém que deixou de ser um ministro do Evangelho e passou a ser um executivo eclesiástico? Como resposta, quero propor quatro características que são facilmente percebidas nesse tipo de gente: 

O pastor profissional é raso no ensino bíblico. Este é um ponto extremamente nocivo à igreja com conseqüências desastrosas. O pastor profissional não possui a menor preocupação em se debruçar sobre livros, comentários ou literatura que possam auxiliar no preparo dos sermões. Não há estudo sério da Palavra, não há compromisso com a Verdade. Tais indivíduos acreditam que podem ir ao púlpito toda a semana e falar o que lhe vem na mente naquele momento, sem se preocuparem com o fortalecimento do rebanho contra o pecado. A tônica é sempre humanista e tolerante sem que haja a denúncia contra o erro ou contra o mundanismo. Isso porque o pastor profissional teme ser confrontado e, por essa razão, sempre quer estar de bem com todos, principalmente com os crentes influentes do meio. 

O pastor profissional não se envolve pessoalmente com as ovelhas. Todos sabem que o pastoreio não se restringe aos principais cultos de domingo. Nenhum ministro de Deus se furta do envolvimento pessoal com o povo por meio do discipulado ou do aconselhamento. No entanto, o pastor profissional não leva em conta este importante cuidado individual. Não cultiva o hábito do pastoreio direto, do acompanhamento pessoal (por intermédio das visitas nas casas ou no trabalho em horário de folga), dos aconselhamentos, dos contatos por carta ou pela Internet (embora o relacionamento presencial seja insubstituível).

 Para ele tudo isso é perda de tempo. Por vezes a ovelha está necessitando de uma palavra orientadora, mas só consegue ser ouvida quando procura o psicanalista ou o líder de outra denominação mais próxima de si cuja teologia é, muitas vezes, questionável. São casais que vivem sob forte crise, relacionamentos desgastados entre filhos e pais, desempregos que desesperam o coração, enfermidades que atemorizam. São pessoas que gritam em silêncio sem, contudo, obter eco do seu clamor. O pastor que possuem só pode vê-las aos domingos na porta da igreja ao final do culto e que se limita em dizer a mesma frase por anos a fio: “como vai? Que tenhas uma semana abençoada”. Nada mais que isso. Essas pobres ovelhas nunca serão encorajadas a seguir em frente, nunca serão visitadas, nunca serão aconselhadas, nunca receberão uma mão amiga e confiável. Ou seja, nunca experimentarão o que é ser pastoreada, pois não possuem líderes amigos. Esses tais são apenas meros profissionais. 

O pastor profissional só se preocupa consigo mesmo. Personalismo parece ser a palavra de ordem em alguns centros evangélicos. São pessoas que passam a vida lutando por um espaço na mídia. O resultado é o desperdício de milhões de reais utilizados para pagar campanhas inócuas ou programas televisivos vazios que nada dizem além de discursos de auto-ajuda. Mas esse desejo não se restringe aos grandes eventos ou aos grandes espaços continentais. Há também aqueles que desejam fama em seu pequeno universo. Pode ser um Presbitério, uma pequena região ou até mesmo uma igreja local. O alvo é a bajulação que surge por causa de uma pretensa espiritualidade ou de uma suposta inteligência respaldada por títulos e certificados alcançados. Não importa a causa, o importante é o estrelismo. É por isso que muitos pastores profissionais se preocupam com o crescimento numérico de seu rebanho em detrimento da qualidade, embora haja também os que se conformaram com o número reduzido do rebanho. Nesses casos, geralmente, a fama e o prestígio possuem outra fonte fora da igreja local. Outra preocupação desses pastores é a sua renda mensal, o seu ganho financeiro. Sempre defendem cinicamente seus bolsos sem, portanto, merecerem o que pleiteiam ganhar. Buscam apenas os seus direitos em detrimento dos legítimos direitos das ovelhas extorquidas. A meta é ter um emprego-igreja bem remunerado que lhe conceda estabilidade financeira.

O pastor profissional não é um homem de Deus. Isso significa a ausência de uma dependência total do Senhor na vida por meio do temor, da Palavra e da oração. São pessoas que confiam em si mesmas e não se importam em buscar de Deus a direção certa. Não sentem falta nenhuma de expressar a submissão ao Espírito, submissão esta que o próprio Jesus demonstrou quando esteve aqui entre nós. Não são homens de oração, não são homens da Palavra, não são homens piedosos. Nunca possuem uma vida devocional particular, nunca gemem por causa do pecado, nunca se importam com a vontade de Deus. Sempre agem friamente e com extrema impassibilidade diante de tudo que promove uma vida espiritual compromissada. Na maioria das vezes são irônicos ou cínicos no que dizem ou falam com respeito à piedade. Eles também agem despoticamente para que prevaleça a sua vontade, não obstante a capa de aparente mansidão. São vazios do poder de Deus, são como penhas que não podem alimentar ou fortalecer as ovelhas. 

Quero encerrar dizendo que, para mim, ser pastor profissional nada tem a ver com tempo integral ou parcial no ministério. O ministro pode retirar o seu sustento de um trabalho que não esteja ligado à sua igreja. Todavia, tal trabalho não pode comprometer o tempo de qualidade pertencente ao rebanho quanto ao preparo do sermão e quanto ao envolvimento pessoal. Entre um e outro, o pastorado é prioridade. Se um dos dois deve ser descartado ou penalizado, que seja o trabalho secular. 

Muitas igrejas padecem miséria espiritual porque estão debaixo de um pastor profissional que há muito deixou de ser um ministro de Deus. Vale ressaltar que essa mutação pecaminosa não acontece da noite para o dia, ela ocorre ao decorrer dos anos quando aquilo que causava genuíno espanto, preocupação ou interesse transforma-se em total irrelevância. O que era importante por pertencer ao Reino, passa a ser desprezado totalmente. 

Que Deus nos livre dos pastores profissionais que sufocam as igrejas até o seu extermínio. Que haja entre nós ministros sinceros e cônscios de que escolheram um excelente, sublime e perene trabalho conforme nos diz o Apóstolo Paulo.

Extraído do Blog Alfredo de Souza
SOLA SCRIPTURA

ABAIXO A CRISTIANOFOBIA









Está mais que claro que a lei da homofobia não se restringe à defesa dos direitos do cidadão que optou a homossexualidade como estilo de vida, até porque tais direitos já são amplamente garantidos em nossa Constituição Federal. O que querem na verdade é o passe livre para fazerem o que lhes der na telha sem conceder o direito de contra-resposta.


Isto ficou claro pela afronta que fizeram a alguns símbolos cristãos durante uma Parada Gay em São Paulo. Aliás, em nome de uma generalização irreal onde qualquer desacordo com a prática homossexual já está criminalizada sob o título de homofobia, alguns homossexuais se sentiram e se sentem no direito de expor publicamente a sua cristianofobia ou eclesiofobia.

Que tipo de regime é este reivindicado? O do silenciamento total? O do “eu tenho o direito de achincalhá-lo, mas você só possui o direito de se calar”? O que querem? Que façamos como alguns evangélicos de Chicago e empunhemos cartazes dizendo: “I'm sorry for how the church treated you”, ou simplesmente “I’me sorry”? Ou ainda: “façam o que quiser conosco, pois não temos o direito de nos defender”?

Vivemos numa democracia de direito(s) onde nenhuma opressão pode ser canonizada, nenhum regime pontual de exceção pode ser dogmatizado. Assim como qualquer um pode e deve exigir o seu direito de defender, praticar e ensinar a prática homossexual como cidadão livre perante a lei, eu também posso e devo exigir o meu direito de defender, praticar e ensinar a prática heterossexual como cidadão livre perante a lei. Aliás, tenho o direto de me posicionar contra várias práticas de natureza sexual como a do adultério, a da fornicação, a da prostituição, a da orgia, e de tudo aquilo que as Escrituras condenam como pecado.

Precisamos ter muito cuidado, pois, como afirmou Antonio Gramsci, as instalações autoritárias não ocorrem apenas pela força, mas também pelo consenso. O direito à cidadania antecede os interesses e os desinteresses de cada um. Assim como qualquer um, sou cidadão de direito e reivindico sê-lo de fato. Portanto, não pode haver consenso algum na aplicação de uma lei que autorizará a prática claramente excludente, não importando de que natureza esta lei seja.

Se os homossexuais querem respeito, devem também se dar ao respeito e respeitar as diferenças contidas na rede social.

Viva a liberdade! Abaixo a intolerância, seja ela de que natureza for!

Sola Scriptura

A teocracia revelada nas Escrituras Sagradas



 

 Artigos de Steve C. Halbrook » Escrito por: Steve C. Halbrook






Deus é o soberano governante de todas as coisas: “O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo” (Sl 103.19). A reivindicação de um governo universal por Deus deve-se ao fato de ele existir antes de todas as coisas (Jo 1.1,2), ser o Criador (Jo 1.3), Ordenador (Is 46.10) e Sustentador de tudo (Cl 1.17), e ser a única fonte de justiça (Sl 89.14) e bondade (Lc 18.19). Todas as coisas, portanto, são em todos os aspectos propriedade de Deus (Sl 24.1, 2; cf. Rm 9.20-23; Is 10.15). O governo soberano de Deus sobre todas as coisas é o ponto de partida para a teocracia bíblica.

O significado básico de teocracia é “governo de Deus”. O termo é derivado das palavras gregas theos, significando Deus, e kratos, significando poder, força ou governo. No primeiro século, Josefo, o famoso historiador judeu, cunhou a palavra “teocracia” e definiu-a como “colocar toda soberania e autoridade nas mãos de Deus” (Against Apion, 2.164-165). [1] Embora a palavra teocracia não esteja na Bíblia, de capa a capa o seu significado é ensinado de maneira clara: Deus governa sobre tudo.

“Teocracia” pode ser entendida em contextos diferentes. Ela pode descrever a realidade do governo de Deus sobre todas as coisas (Dn 4.17; Mt 28.18). Pode também descrever o reconhecimento por parte do homem desse governo divino sobre todas as coisas (Pv 3.6; Sl 2.11-12).

Com respeito ao último sentido, que teocracia requer o reconhecimento do governo total de Deus, a teocracia bíblica começa com o indivíduo, i.e., a conversão do coração a Cristo (Ez 36.27). A teocracia de um cristão então começa na esfera do autogoverno. Visto que do coração “procedem as fontes da vida” (Pv 4.23, KJV), a partir do autogoverno, a teocracia de um cristão naturalmente flui para outras esferas de governo sob o governo de Cristo, incluindo a família, igreja e Estado.

Visto que Cristo é a cabeça de todas as esferas de governo, nenhuma esfera pode exercer monopólio de poder sobre outra; elas são restringidas pelo poder e autoridade de Cristo. Dessa forma, embora os poderes delas se sobreponham em alguns aspectos, nem a família nem a igreja têm a permissão de ter um controle autoritário sobre a outra. Deus é soberano sobre ambas. O mesmo conceito se aplica à Igreja e ao Estado: cada um responde a Deus como sua autoridade suprema, e não um ao outro.

É nesses dois pontos — a natureza ascendente (de baixo para cima) da teocracia e a separação da Igreja e Estado — que muitos se confundem. Com respeito ao primeiro, uma razão pela qual os humanistas temem a teocracia é por causa da mentalidade totalitária deles: eles pensam que a visão deles de que a sociedade muda somente via condicionamentos que partem do Estado, de cima para baixo, é partilhada pelos cristãos, os quais são vistos como competidores que apresentam uma forma rival de imposicionalismo.

Para o secularista, a ameaça vinda da teocracia é simbolizada pela entronização dos Dez Mandamentos num tribunal, escola ou lugar público. É por isso que eles veem a remoção do monumento do Juiz Roy Moore como uma vitória para o movimento de resistência à teocracia. Contudo, a teocracia é antes de tudo a entronização da lei de Deus no coração do crente, visto que todos os mediadores humanos, quer na Igreja ou no Estado, são removidos e o governo direto de Deus é colocado sobre o homem que se governa. A teocracia não é vindoura. Ela já está aqui! Em minha casa, relacionamentos e trabalho, eu não funciono em termos de democracia, oligarquia, monarquia, socialismo ou comunismo. Em todas as áreas da vida devo ser governado pelo governo direto de Deus (theos-kratos), através de Sua lei escrita em meu coração e mente. [2]

O humanismo, sendo uma cosmovisão que começa com o homem caído e pecador, não entende a transformação de baixo para cima, pois não entende o autogoverno (Rm 8.7; Gn 6.5). Embora a lei de Deus prescreva de cima para baixo, a sociedade deve abraçar esta lei de baixo para cima via regeneração pelo Espírito Santo. Quando isso acontece, uma teocracia nacional naturalmente se desenvolve onde a “lei revelada de Deus é suprema sobre todas as leis humanas, e é a fonte de todas as leis”. [3]

Ao rejeitar o controle soberano de Deus sobre a sociedade — incluindo o seu controle sobre o coração dos homens regenerados — o humanismo tenta preencher o vazio da soberania tentando o controle soberano do coração e ação dos membros da sociedade por meio da espada do Estado. Assim, de maneira não surpreendente, quando alguém menciona o governo na sociedade humanista de hoje, já se pensa instintivamente no Estado. Tal pensamento, por desconsiderar outras formas de governo, é “implicitamente totalitário”. [4]

Não devemos pensar no Estado como a única forma de governo, mas é isso o que a nossa sociedade faz; ela espera que o Estado governe as outras esferas de governo (família, igreja e indivíduo). [6]

Por contraste, uma teocracia bíblica irá naturalmente promulgar leis a partir da Bíblia, mas contrário aos temores humanísticos, tal sociedade é a única que não seria tirânica, visto que é a única sociedade possível que prioriza a regeneração, não a coerção. [5]

E assim, enquanto o humanismo impõe os seus ideias de cima para baixo, com espada e por meio de um Estado totalitário, a teocracia bíblica impõe os seus ideais primariamente de baixo para cima, isto é, por meio de corações em submissão direta a Cristo.


[1] Gary Demar, America’s Christian History: The Untold Story (Powder Springs, GA: American Vision Inc., 2007), 207, 208.

[2] Christopher J. Ortiz, “Theocracy Now!” Faith for all of Life, May/June 2007, 9.

[3] Joe Morecraft III, With Liberty & Justice For All: Christian Politics Made Simple (Sevierville, TN: Onward Press, 1991), 68.

[4] R.J. Rushdoony, God’s Law and Society: Foundations in Christian Reconstruction, Jay Rogers, ed. (Melbourne, FL: J.C. Rogers Production, 2006), 35. Acessado em 5 de maio de 2008, from http://forerunner.com/law/glsbook.pdf.

[5] Os humanistas liberais são mais consistentes em ver o Estado como “o governo”, já que defendem que tudo é um produto do meio, e, portanto, é o trabalho do Estado produzir o meio ideal, coagindo com a espada (i.e., governando o comportamento de) a família, igreja e o indivíduo (i.e., as outras esferas de governo). O governo de baixo para cima é impossível nessa visão, visto que o meio é externo ao indivíduo.

[6] Rushdoony descreve as alternativas humanista/cristã como “revolução ou regeneração”, respectivamente. Rousas John Rushdoony, The Roots of Reconstruction (Vallecito, CA: Ross House Books, 1991), 426.


Fonte: God is Just: A Defense of the Old Testament Civil Laws, p. 13-16.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – janeiro/2012

Se eu tiver fé, poderei fazer mais milagres do que Jesus? DITOS DIFÍCEIS DE JESUS - IV


Por Augustus Nicodemus





Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (João 14.12).

Jesus fez esta promessa aos seus discípulos na noite em que foi traído, antes de ir com eles para o Getsêmani, durante o jantar em que instituiu a Ceia. O Senhor falou que iria para o Pai preparar lugar para os discípulos (Jo 14.1-4), e em seguida explicou como eles chegariam lá (14.5-6). Respondendo ao pedido de Filipe para que lhes mostrasse o Pai, Jesus explica que Ele está de tal forma unido ao Pai, que vê-lo é ver o Pai (14.7-9). E como prova de que Ele está no Pai e o Pai está nEle, Jesus aponta para as obras que realizou (14.10-11). E em seguida, faz esta promessa, “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (14.12).

Este dito de Jesus é difícil porque parece prometer que seus discípulos seriam capazes de realizar os milagres que Ele realizou, e até mesmo maiores, se somente cressem nEle – e pelo que lemos no livro de Atos e na história da Igreja, esta promessa não parece ter-se cumprido. Compreender o real sentido desta passagem tem se tornado ainda mais crucial pois ela tem sido usada, após o surgimento do movimento pentecostal e seus desdobramentos, para defender modernas manifestações miraculosas, iguais e maiores dos que as efetuadas pelo próprio Jesus Cristo.

Há duas principais tentativas de interpretar este dito de Jesus:

1. As “obras” são os milagres físicos realizados por Jesus

A interpretação popular e mais comum, aceita pela maioria dos evangélicos no Brasil (esta maioria, por sua vez, é composta na maior parte por pentecostais e neopentecostais), é que Jesus realmente prometeu que seus discípulos seriam capazes de realizar os mesmos milagres que Ele realizou, e mesmo maiores. É importante notar que muitos membros de igrejas históricas, como presbiterianos, batistas, congregacionais e episcopais, entre outros, também foram influenciados por este ponto de vista. Nesta interpretação, a palavra “obras” é entendida exclusivamente como se referindo aos milagres físicos que Jesus realizou, como curas, exorcismos e ressurreição de mortos. Os adeptos desta interpretação entendem que existem hoje pastores, obreiros e crentes com capacidade para realizar os mesmos milagres de Jesus – e até maiores. Defendem que curas, visões, revelações e de outras atividades miraculosas estão acontecendo no seio de determinadas igrejas nos dias de hoje, exatamente como aconteceram nos dias de Jesus e dos apóstolos. E desta perspectiva, se uma igreja evangélica não realiza estes sinais e prodígios, significa que ela é fria, morta, sem fé viva em Jesus.

Apesar desta interpretação parecer piedosa e cheia de fé (e é por isto que muitos a aceitam), tem algumas dificuldades óbvias. Primeira, apesar dos milagres que realizaram, nem os apóstolos, que foram os cristãos mais próximos desta promessa, parecem ter suplantado aqueles de Jesus, em número e em natureza. Jesus andou sobre as águas, transformou água em vinho, acalmou tempestades e suas curas, segundo os Evangelhos, atingiram multidões. Não nos parece que os apóstolos, conforme temos no livro de Atos, suplantaram o Mestre neste ponto. Segundo, a História da Igreja não registra, após o período apostólico, a existência de homens que tivessem os mesmos dons miraculosos dos apóstolos e que tenham realizado milagres ao menos parecidos com os de Jesus. Na verdade, os grandes homens de Deus na História da Igreja nunca realizaram feitos miraculosos desta monta, como Agostinho, Lutero, Wycliffe, Calvino, Bunyan, Spurgeon, Moody, Lloyd-Jones, e muitos outros. Os pregadores pentecostais que afirmam ser capazes de realizar milagres semelhantes, e ainda maiores, não têm um ministério de cura e milagres consistente e ao menos semelhantes aos de Jesus. O famoso John Wimber, um dos maiores defensores das curas modernas, morreu de câncer na garganta. Antes de morrer, confessou que nunca conseguiu curar uma criança com problemas mentais, e nem conhecia ninguém que o tivesse feito.  Os cultos de cura de determinadas igrejas neopentecostais alegam milagres que são de difícil comprovação. Terceiro, esta interpretação deixa sem explicação o resto da frase de Jesus: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (14.12). E por último, esta interpretação implica que os cristãos que não fizeram os mesmos milagres que Jesus fez não tiveram fé suficiente, e assim, coloca na categoria de crentes “frios” os grandes vultos da História da Igreja e milhões de cristãos que nunca ressuscitaram um morto ou curaram uma doença.

Esclareço que não estou dizendo que Deus não faz milagres hoje. Creio que Ele faz, sim. Creio que Ele é poderoso para agir de forma sobrenatural neste mundo e que Ele faz isto constantemente. O que estou questionando é a interpretação desta passagem que afirma que se tivermos fé faremos milagres maiores do que aqueles realizados por Jesus.

2. As “obras” se referem ao avanço do Reino de Deus no mundo

A outra interpretação entende que Jesus se referia obra de salvação de pecadores, na qual, obviamente, milagres poderiam ocorrer. Os principais argumentos em favor desta interpretação são estes:

a. A expressão “quem crê em mim” é usada consistentemente no Evangelho de João para se referir ao crente em geral, em contraste com o mundo que não crê. Examine as passagens abaixo:

Jo 6:35  Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
Jo 6:47  Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.
Jo 11:25-26  Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?
Jo 12:46  Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.

Fica claro pelas passagens acima que aqueles que crêem em Jesus são os crentes em geral, e que a fé em questão é a fé salvadora. Por analogia, a expressão “quem crê em mim” em João 14.12 também se refere a todo crente, e não àqueles que teriam uma fé tão forte que seriam capazes de exercer o mesmo poder de Jesus em realizar milagres – e até suplantá-lo!

b. O termo “obras” referindo-se às atividades de Jesus, é usado no Evangelho de João para se referir a tudo aquilo que Ele fez, conforme determinado pelo Pai, para mostrar Sua divindade, para salvar pecadores e para glorificar ao Pai. Veja estas passagens: Jo 4:34; 5:20,36;  6:28,29; 7:3; 9:3,4; 10:25,32,33,37,38; 14:10,11; 14:12; 15:24; 17:4. O termo “obras” não se refere exclusivamente aos milagres de Jesus, muito embora em algumas ocorrências os inclua. No contexto da passagem que estamos examinando, Jesus usa o termo “obras” para se referir às palavras que Ele tem falado: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (Jo 14.10). É evidente, portanto, que não se pode entender o termo “obras” em Jo 14.12 como se referindo exclusivamente aos milagres físicos realizados por Jesus. O termo é muito mais abrangente e se refere à sua toda atividade terrena realizada com o fim de salvar pecadores: palavras, atitudes e, sem dúvida, milagres.

c. A frase “porque eu vou para junto do Pai” fornece a chave para entender este dito difícil. Enquanto Jesus estava neste mundo, sua ação salvadora era limitada pela sua presença física. Seu retorno à presença do Pai significava a expansão ilimitada do Reino pelo mundo através do trabalho dos discípulos, começando em Jerusalém e até os confins da terra. Como vimos, as “obras” que Ele realizou não se limitavam apenas aos milagres físicos, mas incluíam a influência dos mesmos nas pessoas e a pregação do Reino efetuada por Jesus. Estas obras, porém, estavam limitadas pela Sua presença física em apenas um único lugar ao mesmo tempo. As “obras maiores” a ser realizadas pelos que crêem devem ser entendidas deste ponto de vista: os discípulos, através da pregação da Palavra no mundo todo, suplantaram em muito a área de atuação e influência do Senhor Jesus, quando encarnado.

Adotar a interpretação acima não significa dizer que milagres não acontecem mais hoje. Estou convencido de que eles acontecem e que estão implícitos neste dito do Senhor Jesus. Entretanto, eles ocorrem como parte da obra de expansão do Reino, que é a obra maior realizada pela Igreja.

O dito de Jesus, portanto, não está prometendo que qualquer crente que tenha fé suficiente será capaz de realizar os mesmos milagres que Jesus realizou e ainda maiores – a Escritura, a História e a realidade cotidiana estão aí para contestar esta interpretação – e sim que a Igreja seria capaz de avançar o Reino de Deus de uma forma que em muito suplantaria o que Jesus fez em seu ministério terreno. Os milagres certamente estariam e estão presentes, não como algo que sempre deve acontecer, dependendo da fé de alguns, e não por mãos de pretensos apóstolos e obreiros super-poderosos, mas como resposta do Cristo exaltado e glorificado às orações de seu povo.

EX-GUEI, PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO


EX-GUEI, PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO, QUE TAMBÉM É DEPUTADO EM ENTREVISTA POLEMICA AO GRUPO METRÓPOLE

















De falta de patente ele não morre: deputado, pastor, sargento. Outra coisa farta na vida do deputado estadual Pastor Sargento Isidório é polêmica. Mesmo assim, ele garante que não é contra o exame da dedada (próstata) como todos pensam.
Foto: Dario Guimarães / Grupo Metrópole



 Jornal da Metrópole – O senhor se declara ex-gay. Mas, e as pregas, uma vez idas, podem voltar?

Pastor Sargento Isidório: Depende de quando você foi gay. Quando você é criança, as pregas são tão elásticas que não resolvem nada. Aí, Deus recompõe tudo, ainda mais quando a gente tem distância já disso.

JM: O senhor acredita então na hipótese de Léo Kret virar um ex-gay como o senhor?

PSI: Acredito! Primeiro que o gay não tem o que uma mulher tem. O médico pode cortar, mas será apenas um rombo, e o que Deus faz é diferente, é lubrificado... É por isso que o homem já nasce com um toquinho, a mulher com a xerequinha, tudo para a glória de Deus.

JM: O senhor prefere tomar 50 chicotadas ou fazer um exame de próstata?

PSI: Prefiro fazer exame de próstata. Isso foi um jornal que deturpou a minha fala sobre o toque retal. Mas eu já tinha, havia um mês, apresentado um projeto para fazer campanhas educativas para quebrar o tabu dos machistas. Agora, o segredo do toque retal é o sujeito não se apaixonar pelo médico (risos).

JM: O senhor carrega um botijão de gás nas costas na propaganda eleitoral. O treinamento para aguentar tanto peso no lombo foi nas horas de troca-troca na infância?

PSI: Ah, não. É porque o ‘bujão’ de gás sai da Refinaria Landulpho Alves por R$ 18 e nada justifica o gás custar R$ 35. É um protesto. Mas o meu botijão agora é de isopor, porque o meu filho João Paulo, que é doca [seria caolho?] de um olho, deu a sugestão. Aí eu ‘rumei-la’ mão no pescoço dele e disse ‘ô, seu infeliz, depois que eu tô com o ombro todo lascado que você vem falar?’ (risos).


Do blog de Mário Kertész