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quinta-feira, 19 de maio de 2011

CGADB e Convenções pelo Brasil a dentro!

Nasci no ano de 1970 aos 22 dias do mês de setembro. Meu pai foi pastor por 31 (trinta e um) anos de sua vida. Faleceu no dia 09 de dezembro de 2003 depois de participar de uma votação para presidente em uma convenção da CEADEB na capital da Bahia e creio que o mesmo está livre desses comentários veiculados na internet sobre o rumo da Assembléia de Deus pós centenário. Me reporto ao meu passado, para dizer que conheci abnegados homens de Deus que não mediram esforços para fazer o bem e eles estariam hoje decepcionados com a resultado desses imbróglios. Homens que entregaram as suas vidas ao Reino de Deus e deixaram exemplos de caráter espiritual irreprensível. Não podemos fazer comparações com justiça nesses casos, haja vista os dias são completamente diversos daqueles, mas devemos refletir sobre o perfil do homem de Deus que queremos. 


Os litígios eram solucionados sob a égide da oração e do jejum. E hoje orar e jejuar virou sinônimo de fanatismo. Havia temor de Deus e sinceridade nos homens do passado. Claro que não ignoro o que vivemos de errado naqueles tempos. Havia muita ignorância em relação à teologia, e se fazia muitos estragos em nome do zelo, mas faziam isso por querer colocar  as coisas em seus devidos lugares. E hoje, o que está acontecendo? Por que as coisas estão fora de lugar e não fazem nada para pelo menos tentar colocar as coisas em ordem? Criticam muitos os pastores do passado, mas  os pastores dos dias hodiernos estão níveis muito abaixo do que se espera nos chamados "homens de Deus" e até mesmo em relação aos pastores do passado.


Entre os muitos nomes que mencionarei aqui neste blog, vai o nome do Pastor João Silva Bonfim. O Pastor João Silva Bonfim, marcou minha vida indelevelmente. Sua conduta é motivo de glória para Deus porque sua vida foi uma vida de compromisso. Quem o conheceu deve concordar com meu testemunho, e o que vou falar aqui, traz um pouco de protesto sobre as últimas notícias veiculadas sobre o Centenário da Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Brasil onde vejo cada vez mais distante o perfil do verdadeiro homem de Deus nos homens que estão dirigindo a Assembléia de Deus para o futuro da nossa denominação. 
O comentário de Paulo Romeiro neste blog, explica o que estou falando em se tratando da unidade. A questão ética e a falta de liderança espiritual traz muitos malefícios para este povo centenário. Todavia eu quero deixar claro que ainda temos patrimônios de vida ilibada em nossos dias, graças a Deus.


Tanto se falou, se previu, se programou, se anunciou mas o que estamos vendo e vivendo é uma guerra sem limites de homens que colocaram suas opiniões e vaidades acima do valor desta festa e do que ela de fato representa.
Em 2005 eu escrevi sobre a divisão doutrinária e sobre a quebra de unidade em nossa denominação. Numa quinta-feira, do dia 13 de outubro de 2005, Robson Rocha me resposta da ouvidoria da CPAD. Dizia ele:
 "... os articulistas da CPAD são homens de notório saber, o que não impede que tenham opiniões diferentes sobre um ou outro determinado tema, especialmente quando o assunto for sobre o futuro, pois é um tema propício para conjecturas e divagações. Através de opiniões distintas, do debate e da troca de idéias, podemos ampliar nossa compreensão sobre um determinado assunto abordado, sem que isso represente falta de unidade em nossa fé." Ele ainda dizia que: "...as Assembléias de Deus são uma instituição presente em todas as regiões de nosso imenso país e que, muitas vezes, uma igreja local reflete as diferenças culturais, sociais e históricas do local na qual está presente." 


Acontece que, ao comentar em email sobre o futuro desta denominação, eu não estava referindo-me a cultura, a formação social de nenhuma região, nem muito menos sobre a origem da história eclesiástica ou qualquer história que pudesse ser remetida. Eu estava falando era sobre pessoas ignorarem determinadas decisões convencionais e manifestarem escancaradamente em programas de televisão, em entrevistas nas emissoras de rádio, na imprensa escrita, opiniões contrárias ao crivo dos conselhos de doutrina e de costume da nossa igreja e ainda assim ficar em cargos de influência na CGADB. Eram pessoas que causariam muitos danos a Igreja do Senhor Jesus como organização, mas estavam lá por causa dos seus padrinhos. Muitos foram deixados sem qualquer enfrentamento, à semelhança desses que foram indiretamente mencionados,  para o mal do qual estamos sendo vitimas.

Em suma, hoje estamos vivendo algo que já era previsível.  Criamos cobras venenosas num habitat errado. E a culpa disso tudo, quem vai assumir? Ninguém, é claro! Quem poderia impedir está com a palavra...e não queiram acusar só o diabo! 

A unidade da nossa denominação está sendo estraçalhada por homens ambiciosos pelo poder, pelo dinheiro, pela ganância, pela vaidade em querer se perpetuar no cargo em que estão, sem de fato fazer algo para unir do Oiapoque ao Chuí o nosso povo assembleiano. A Assembléia de Deus perdeu seu perfil sui generis, de nascimento. Era uma denominação, que mais se parecia com a Igreja Primitiva em seu padrão de partilhar, de viver pela fé; mas o que vemos hoje, são homens que amam os primeiros assentos, as honrarias, deixaram de orar, de visitar as ovelhas, de se compadecer pelos que sofrem. Digo isso com conhecimento de causa. As ovelhas gemem!


 São poucos os pastores que sinceramente estão a serviço do Reino de Deus. O resultado dessa denúncia é porque quem de fato deveria denunciar, calou-se. Deixaram as posições contrárias a esse comportamento reprovável em muitos líderes, sob peso do medo das interpretações erradas, forçadas, que se fazem das Sagradas Escrituras em benefício dos tais...


Repudio veementemente duas festas no estado do Pará. Nós não estamos divididos. Quem se dividiu foram os que não tem a visão do Reino de Deus como prioridade.

O que é a ceia do Senhor?


O Que é a Ceia do Senhor








No decorrer da vida, esquecemo-nos de muitas coisas. Algumas, é melhor mesmo que esqueçamos, mas há aquelas que, se as esquecemos, estamos condenados a repetir os erros do passado. Kipling escreveu Recessional ao observar o júbilo incontrolável dos soldados que estavam de retorno. Cada estrofe terminava:
Senhor, Deus dos Exércitos, sê conosco
Para que não esqueçamos - não esqueçamos!


O mundo, de fato, esqueceu, e aquela guerra se repetiu inúmeras vezes por causa disso.
Quando os filhos de Israel atravessaram o mar Vermelho, triunfantes sobre os egípcios pelo poder de Deus, receberam a festa da Páscoa (Êxodo 13:3-10). O objetivo explícito dessa festa era ajudá-los a lembrar que Deus os tinha salvado da poderosa nação egípcia com mão forte e braço estendido. Lembrando-se assim, eles aprenderiam a confiar no Deus do céu, esperando dele a orientação e a providência. Mas eles recusaram lembrar-se, e então uma geração de mais de 600.000 homens morreu no deserto! Eles murmuraram, se rebelaram e pecaram repetidas vezes de modo que receberam a maldição de Deus e não as suas bênçãos.


O cristão tem momentos que precisa lembrar? Estávamos perdidos no pecado, sem esperança e condenados à destruição eterna. Mas Cristo cedeu sua vida por nós, para redimir-nos dessa maldição. Fez isso quando ainda éramos seus inimigos (Romanos 5:6-11)! Lemos os últimos capítulos dos quatro evangelhos e ficamos abismados com o pecado, o orgulho, o ciúme e o ódio que o pregaram na cruz. Mas será que sabemos devidamente que, se esquecermos isso e vivermos como um mundano, estaremos crucificando-o e de novo expondo-o à vergonha (Hebreus 6:6)? Ou será que calcamos aos pés o Filho de Deus e profanamos o sangue da aliança com o qual fomos santificados e ultrajamos o Espírito da graça (Hebreus 10:26-30)?


Se esquecemos a maldição do pecado e o horrendo sacrifício que foi necessário para libertar o homem desse pecado, estamos fadados a repetir esses pecados e agir como o cão que "voltou ao seu próprio vômito" e como a porca lavada que "voltou a revolver-se no lamaçal" (2 Pedro 2:20-22). Para evitar isso, devemos lembrar a morte, o sepultamento e a ressurreição de nosso Senhor!


Em sua sabedoria, o Senhor nos deu uma festa para sempre termos "Jesus Cristo, e este crucificado" diante de nós. Ele não nos deu estátuas, cruzes, quadros, imagens ou qualquer coisa terrena, mas nos providenciou uma simples participação do pão asmo e do fruto de uva no primeiro dia da semana. (Leia atentamente 1 Coríntios 11:17-33.) Mas a festa que ele nos proporciona está repleta de significado. O pão que representa o corpo de Cristo é sem fermento, mostrando assim que devemos lutar para viver acima do pecado, exatamente como ele fez (1 Coríntios 5:6-8). O sangue que foi necessário para a nossa purificação é bem retratado pelo fruto de uva. Isaías 1:18, falando a esse respeito, diz: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã". Essa lembrança nos fará apresentar o nosso "corpo por sacrifício vivo santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Romanos 12:1).


A festa não apenas nos faz olhar para trás, para o sacrifício dele, mas também nos impulsiona a olhar para frente, com esperança. Ao lembrarmos a sua ressurreição, estamos sempre lembrando que isso é uma promessa da nossa própria ressurreição - e assim anunciamos"a morte do Senhor, até que ele venha". Com a lembrança de seu sacrifício por nós, a esperança de uma recompensa celestial e a sua palavra a nos orientar, como é possível falharmos?


A resposta a essa pergunta é que não falharemos se nos lembrarmos! Mas, assim como os israelitas esqueceram e perderam a vida, assim também podemos esquecer e perder a alma. Paulo advertiu a igreja de Corinto que "muitos dormem" (morte espiritual) porque perderam o verdadeiro sentido da ceia do Senhor. Estavam tomando sem "discernir o corpo". Que insulto para Cristo é participarmos dessa festa sem pensarmos em seu sacrifício. O próprio ato que tem por objetivo ajudar-nos a lembrar acaba sendo assim o meio de esquecermos. Que isso não aconteça."Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:7-8)
-por Paul H. Hutcheson