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terça-feira, 28 de junho de 2011

Pastor David Wilkerson, parte para a glória....!

Morre o pastor David Wilkerson

Pr.David e Esposa Gwen
Por Judson Canto
Morreu ontem num acidente automobilístico, no estado do Texas, Estados Unidos, o pastor David Wilkerson. Ele dirigia um sedã Infinity e colidiu de frente com um caminhão. De acordo com o Departamento de Segurança daquele estado, Wilkerson não estava usando cinto de segurança. A esposa do ministro, Gwen Wilkerson, de 70 anos, usava o cinto e sobreviveu. Ela foi transportada de helicóptero para o East Texas Medical Center, de Jacksonville, e seu estado é grave. O motorista do caminhão, Frederick Braggs, de 38 anos, foi atendido no mesmo hospital, mas sofreu apenas ferimentos leves.
David Wilkerson é conhecido mundialmente pelo seu trabalho na evangelização de drogados e jovens marginais e também pelo livro A cruz e o punhal,  que relata os primeiros anos de seu ministério. Ele é o fundador do Desafio Jovem, entidade internacional dedicada a recuperar jovens do mundo das drogas e do crime.
A morte de David Wilkerson, aos 79 anos, também cala uma das vozes mais poderosas contra os desvios doutrinários e as aberrações comportamentais que invadiram a Igreja nos últimos anos. Ele se mostrava profundamente angustiado com a situação e com a letargia do povo de Deus diante do avanço desses modismos, cobrando uma atitude dos cristãos. Ele dizia: “Nós nos agarramos a nossas retóricas religiosas e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão passivos! A verdadeira paixão nasce da angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo vem de um batismo de angústia”. Que a sua morte não seja motivo de esquecermos as suas palavras.

Carro de David Wilkerson após o choque com um caminhão

(Fontes: CBNThe Washington PostPalestine Herald Press.)

domingo, 26 de junho de 2011

Lésbicas e Pastoras!







Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para "evangelizar" os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais. As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.


“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna. A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”


Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna. Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.


Um Lembrete: Quero convidar você agora a assistir a um vídeo gravado pela "pastora" Lanna Holder no congresso "Gideões Missionários da Última Hora" anos antes de assumir sua opção sexual. Assista e tire sua próprias conclusões.





Fonte da reportagem e da foto: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/06/pastoras-lesbicas-querem-fazer-evangelizacao-na-parada-gay-de-sp.html (o vídeo foi publicado primeiro no Genizah).


Michael Jackson...

DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2011

Pai de Michael Jackson contribuiu para a sua morte

 

Há dois anos, morria Michael Jackson, em sua mansão de Los Angeles, nos Estados Unidos. Sua inesperada partida deste mundo fez com que muitos se lembrassem destas palavras de Jesus: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?” (Mc 8.36,37).

Em certo sentido, Michael ganhou o mundo todo. Mas, onde está a sua alma? Embora 
tudo leve a crer que ele tenha partido sem a certeza da vida eterna, não me arrisco a dizer que esteja no Hades. Somente o Rei dos reis sabe o que aconteceu nos últimos instantes da vida do “rei do pop”. Lembra-se do infrator arrependido, salvo aos 45 minutos do segundo tempo” (Lc 23.33-43)?

Mas o falecimento precoce de Michael deixou para nós algumas lições. 
A primeira é de que o homem não conhece o futuro nem pode impedir os desígnios de Deus. Em uma entrevista, Jackson declarou, referindo-se aos shows que pretendia realizar em Londres, Inglaterra, em 2009: “Até julho”. Ele só  esqueceu de acrescentar: “se Deus quiser” (Tg 4.13-15).

Outra lição: o dinheiro, a fama, a genialidade, o carisma, o talento, a popularidade e a quantidade de amigos e fãs não trazem a verdadeira felicidade e a certeza da vida eterna. 
Jackson era uma pessoa triste, vazia, carente, que buscava ser feliz mudando a aparência com cirurgias plásticas, as quais o deixaram irreconhecível.

Na verdade, o que Michael Jackson precisava, prioritariamente, era de uma transformação interior, pela qual obtivesse de Cristo a “esperança da glória” (Cl 1.27). Ele possuía um vazio que somente a graça de Deus poderia preencher. Mas ele precisava também de carinho paterno.


A insatisfação do 
“rei do pop” com a sua aparência começou na infância. Seu pai — um homem avarento, ganancioso e aproveitador —, além de roubar a infância do próprio filho, o “incentivava” a cantar batendo no seu rosto e xingando-o de macaco.

Em Provérbios 22.6, está escrito: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Quando uma criança é maltratada pelo próprio pai, dificilmente será feliz e normal. Já está comprovado pela ciência que maus tratos na infância podem alterar até mesmo os genes de uma pessoa.

Insensível, o pai de Michael Jackson aproveitou-se da morte do filho para ganhar mais dinheiro: passou a cobrar para dar entrevistas. Ele se vangloriava de ter elevado o menino ao estrelato. Entretanto, foi também o principal responsável pelas permanentes esquisitices e infelicidade do filho.

O pai de Michael, que conhece a Palavra de Deus, devia ter atentado para Efésios 6.4: “pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Afinal, um dia, na eternidade, todos os pais prestarão contas a Deus...

Quanto a mim, espero receber a minha recompensa, ao lado de meu honrado pai, naquele grande Dia, em que a promessa do Senhor se cumprirá: 
“E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12).  

Maranata!

Ciro Sanches Zibordi

quinta-feira, 23 de junho de 2011

“Juiz é evangélico”

Com essa manchete, O Globo, vergonhosamente, tenta desqualificar a decisão do juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, que anulou a união civil selada por um casal homossexual em Goiânia. A matéria enfatiza ainda, no primeiro parágrafo, que Villas Boas é “religioso e frequenta cultos evangélicos pelo menos duas vezes por semana”, como se isso tivesse alguma influência quando se trata de obedecer ou não o que diz a Constituição.



De mais a mais, qual é o problema dos evangélicos não apoiarem as uniões entre gays? E dos católicos? E dos judeus, alguém já perguntou a posição deles? Se eles têm todo o direito de professar suas religiões, conforme a Constituição e, desde que, não a contrariem, têm, portanto, o direito de manifestar suas convicções em palavras e atos, não cabendo censura alguma a essas manifestações.


Quando um bom juiz, religioso, interpreta corretamente a lei dos homens e essa interpretação coincide com a lei do seu Deus é apenas um acaso, feliz para ele. E Villas Boas é um homem com influência entre os colegas e cujo currículo não dá margem a dúvidas. Além de vice-presidente Institucional da AMB desde dezembro do ano passado, ele é diretor de assuntos institucionais da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). Antes de assumir a 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia, o magistrado atuou na Vara da Família e também na Auditoria Militar.


“O juiz não pode ter sua liberdade de decidir escravizada. Existe uma coisa que se chama independência do juiz. A desembargadora está, no meu ponto de vista, equivocada. Juiz nenhum pode ser censurado ou processado por uma deliberação fundamentada. Quem viveu em tempos de autoritarismo sabe quanto vale a liberdade. Eu atesto que não é nada bom viver em regimes autoritários.”

Nelson Calandra, presidente da AMB, sobre a esdrúxula e previsível decisão da desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, do Tribunal de Justiça de Goiás, anulando a decisão do juiz Jeronymo Pedro Villas Boas.

sábado, 18 de junho de 2011

O São João e os Evangélicos


OS EVANGÉLICOS E AS FESTAS JUNINAS


Os Evangélicos e as Festas Juninas




Diante de tudo isso, perguntamos: “Teria algum problema os evangélicos acompanharem seus filhos em uma dessas festas juninas realizadas nas escolas, quando as crianças, vestidas a caráter (de caipirinha), dançam quadrilha e se fartam dos pratos oferecidos nessas ocasiões: cachorro-quente, pipoca, milho verde etc.?”. É óbvio que nenhum crente participa dessas festas com o objetivo de praticar a idolatria, pois tal procedimento, por si só, é condenado por Deus!
Quanto à essa questão, tão polêmica, é oportuno mencionar o comportamento de certas igrejas evangélicas, com a alegação de estarem propagando o evangelho durante o carnaval, dedicam-se a um tipo duvidoso de evangelização nessa época do ano. Fazem de tudo, inclusive usam blocos carnavalescos com nomes bíblicos. Não devemos nos esquecer, no entanto, de que as estratégias evangelísticas devem ocorrer o ano todo, e não apenas em determinadas ocasiões, O mesmo acaba acontecendo no período das festas juninas. Ultimamente, surgiram determinadas igrejas evangélicas que, a fim de levantar fundo para os necessitados e distribuir cestas básicas aos pobres, estão armando barracas junto com os católicos em locais em que as festas juninas são promovidas por órgãos públicos. Os produtos que vendem, diga-se de passagem, são característicos das festividades juninas. Os “cristãos” que ficam nas barracas vestem-se a caráter e pensam que, dessa forma, estão procedendo biblicamente.
E o que dizer das igrejas que promovem festas juninas em suas próprias dependências com a alegação de arrecadarem fundos? As festas juninas têm um caráter religioso que desagrada a Deus. Nestas festas ocorrem rezas, canções e missas; as comidas e doces são oferecidos a estes santos -claro que os que comem não são os santos, mas os que participam dela. Este procedimento de "oferecer comida aos santos" é muito parecido aos despachos espíritas nos cemitérios e encruzilhadas; talvez a diferença seja o local da "festa". Então, como separar o folclore da religião se ambas estão intrinsecamente ligadas? O povo de Israel abraçou os costumes das nações pagãs e foi criticado pelos profetas de Deus. A vida de Elias é um exemplo específico do que estamos falando. Ele desafiou o povo de Israel a escolher entre Jeová Deus e Baal. O profeta pôs o povo à prova: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o”(l Rs 18.21). É claro que o contexto histórico do texto bíblico em pauta é outro, mas, como observadores e seguidores da Palavra de Deus, devemos tomar muito cuidado para não nos envolvermos com práticas herdadas do paganismo. Pois é muito arriscada a mistura de costumes religiosos, impróprios à luz da Bíblia, adotada por alguns evangélicos. É preciso que os líderes e pastores aprofundem a questão, analisem a realidade cultural do local em que desenvolvem certas ativida­des evangelísticas e ministério e orientem os membros de suas respectivas comunidades para que criem e ensinem os filhos nos preceitos recomendados pela Palavra de Deus. O simples fato de proibirem as crianças de participar dessas comemorações na escola em que estudam não resolve o problema, antes, acaba agravando a situação.
O que diz a Bíblia
Para muitos cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades juninas não tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O apóstolo Paulo, no entanto, declara em I Coríntios 10.11 que as coisas que nos foram escritas no passado nos foram escritas para advertência nossa. Vejamos o que ele disse: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”.
O que nos mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito para Canaã? Quando os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao monte para receber a lei da parte de Deus. A demora de Moisés despertou no povo o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi consultado e, depois de concordar, ele próprio coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material, O texto bíblico diz o seguinte:
“Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).
Qual foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os puniu severamente: “Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças”. acendeu-se-lhe a ira, e arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do monte. Então tomou o bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o até que se tomou em pó, e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos de Israel.
O teor religioso das festas juninas não passa de um ato idólatra quando se presta culto a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como crentes, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o Senhor Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele a Deus sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O texto de Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas nas suas mãos. E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”.
É possível imaginar um cristão cantando louvores a São João Batista? O cântico seria mais ou menos assim:
“Onde está o Batista?”.
“Ele não está na igreja”,
Anda de mastro em mastro,
“A ver quem o festeja”.
Lembramos a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que certos homens quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. Porém, ouvindo isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, Sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (At 14.11-15).
Os Santos não Podem Ajudar
Normalmente, as pessoas que participam das festas juninas querem tributar louvores a seus patronos como gratidão pelos benefícios recebidos. Admitem que foram atendidas por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Crêem também que esses santos podem interceder por elas junto a Deus. Entretanto, os santos não podem fazer nada pelos vivos. Pedro e João, como servos de Deus obedientes que foram, estão no céu, conscientes da felicidade que lá os cercam (Lc 23.43; 2Co 5.6-8; Fp 1,21-23). Não estão ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das pessoas que os cultuam aqui na terra. O único intercessor eficaz junto a Deus é Jesus Cristo. Diz a Bíblia: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (um 2.5).
E mais:
“É Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os monos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, ternos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propriciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos. mas também pelos de todo o mundo” (l Jo 2.1-2).
Foi o próprio Senhor Jesus quem nos disse que deveríamos orar ao Pai em seu nome para que pudéssemos alcançar respostas aos nossos pedidos: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei”(Jo 14.13-14).
Quanto ao teor religioso das festas juninas, podemos declarar as palavras de Deus ditas por meio do profeta:
“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro” (Am 5.21).
Como seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta delicada exposição, que Deus nos conceda sabedoria para que consigamos proceder de uma maneira que o agrade em todas as circunstâncias, pois: “toda ação de nossa vida toca alguma corda que vibrará na eternidade” (E. H. Chapin).
Algo em Que se Pensar
O Brasil é um dos maiores paises agrícola do mundo. Até conhecemos aquela frase elogiando as terras brasileiras: nas quais, "... em se plantando tudo dá". No entanto (pasmem), o governo está importando (isto é, comprando) de outros países arroz, feijão, trigo, café, cacau etc. Era para estarmos exportando, vendendo, aumentando o capital, e não comprando, pois temos terras de excelente qualidade. Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do "homem do campo". Sabemos que existe um êxodo rural muito grande, 80% da população brasileira vive nas cidades e somente 20 % vivem no campo. Não estaria as festas juninas contribuindo para formar uma imagem negativa de nosso povo da zona rural? Não é exagerado o ponto de vista em que sugere que a imagem do homem do campo por vezes é humilhada nas festas juninas.
Veja: qual criança se espelharia no típico caipira das quadrilhas de festas juninas? Quais delas diria: "quando crescer quero ser um caipira, ou homem do campo, com as roupas remendadas"? As crianças querem ser médicos, professoras, atrizes, pois estes não são humilhados nas festas juninas. As Festas Juninas inconscientemente ou não, servem mais para humilhar as pessoas do campo do que para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não é banguela, é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, uma alusão ao espantalho, um pobre coitado! - pois talvez seja assim que os grandes latifundiários vêem o caipira, e essa visão é reproduzida por nossas crianças nas escolas. Poderia isto ser chamado de FOLCLORE e CULTURA?
A Bíblia diz categoricamente que "o que escarnece (humilha) do pobre insulta ao que o criou" (Pv. 17:5). Disso decorrem problemas urbanos graves como o favelamento e os menores abandonados, pois como os "caipiras" não conseguem sobreviver no campo, pensam que na cidade encontrarão trabalho. A esse processo dá-se o nome de "Êxodo Rural". E o nosso país agrícola é desmatado, onde só se planta pasto para boi gordo, e expulsa o homem do campo.
Motivos para não Participar de Festas Juninas
Diante de tudo o que foi dito acima daremos uma recapitulação expondo o "por que" de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:
1 - Plágio do Paganismo - Como vimos, as bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas pelas colheitas. As festas juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida adverti-os severamente para que não usassem esse tipo de costume, diz Ele: "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos." [Deut. 18:9]. Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido por Deus.
2 - Os Santos não Intercedem - É notório que estas festividades são para homenagear os três santos. Nestas datas as pessoas invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta intercessão. Não obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações que os devotos tanto acreditam. A Bíblia nos diz que existe um só mediador entre Deus e os homens: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem," [I Tm. 2:5]. Este verso exclui todos os demais mediadores forjados pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a alguém, esse alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: "...e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei." [João 14:13,14]. Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos pedidos, promessas e votos a terceiros.
3 - Os Santos não Escutam Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus "santos" ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos! Mais uma vez a Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em relação aos vivos: "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. 6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." [Eclesiastes 9:5,6]. Veja que o verso nos diz que os que já morreram não sabem coisa nenhuma do que acontece aqui em nosso mundo, na terra (debaixo do sol). é claro que há consciência onde eles estão, mas aqui em nosso mundo eles não podem ajudar ou atrapalhar ninguém.
4 - Invocação de Espíritos dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em que o espírito de São João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, a fim de vir participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete de modo perfeito a crença católica da invocação dos santos. é claro que se o santo já morreu, o que é invocado é o espírito dele, e isto bate de frente com a advertência bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos: "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?" [Isaías 8:19]. E mais: "Não se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti." [Deut. 18:9,-12]. No fundo a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática espírita e como tal, é reprovada por Deus.
5 - Outro Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficou demonstrado biblicamente os espíritos dos santos não sabem de nada do que acontece em nosso mundo, portanto não podem interceder por ninguém. Já que eles são neutros nisso tudo, para quem vai então às honras e os louvores destas festividades afinal? O apostolo Paulo estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse: "Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios." Um pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é ( 8:4 ), ou seja, quando os gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais oferendas), pois o ídolo nada é. Não estaria acontecendo algo similar nas festas juninas? Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades a tais santos que segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o que está acontecendo, quem então as recebe? Ou então, quando o pedido é atendido, quem concede estas "graças" às pessoas nas festas juninas? De uma coisa temos certeza: dos santos é que não são!
6 - Comidas e Imagens - Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são benzidas e oferecidas ao santo que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se fazem orações, carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela etc. Como exemplo, temos o famoso pãozinho de Santo Antonio! Entretanto, a Bíblia diz: "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos...não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios." [Atos 15:29 ; I Co. 10:21]. Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia nos seguintes termos: "Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te encurvarás diante delas, nem as servirás;" [Deut. 5:8,9]. Estes são resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar de tais festividades.
Conclusão
Pare e pense: como vimos, todas as práticas encontradas nas festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra? Será que os católicos realmente estão honrando a Deus com isso? Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas somente a Ele [Amós 5:21-23] , mas que haviam sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas "cristã" dedicada aos santos?
Fontes de consultas:


Defesa da Fé - junho de 2002 nº45;
Jornal - Folha de Rio Preto, 22/06/2003;
Revista - Galileu Junho 2003 nº143;
Artigo do CACP - "As Maldições das Festas Juninas" - Pr. Afonso Martins;
Anotações particulares do Pb. Paulo Cristiano da Silva

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Negro É...

A raça negra é amaldiçoada? – uma reflexão teológica sobre 

as supostas declarações racistas do pastor Marco Feliciano no Twitter.

O final do mês de março foi marcado por intensa polêmica no universo virtual acerca da declaração postada no Twitter pelo Deputado Federal (PSC-SP), pastor Marco Feliciano. A página da UOL Notícias destacou: “Deputado federal diz no Twitter que ‘africanos descendem de ancestral amaldiçoado". Em seguida a UOL trouxe o post com as declarações de Feliciano, conforme aparecem em seu Twitter: “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”.
Ainda de acordo com a UOL, o parlamentar, que é pastor e empresário, afirmou que:
“Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...”
Antes, o pastor evangélico disse que a maldição sobre a África supostamente provém do "1º ato de homossexualismo da história". "Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre Canaã toca seus descendentes diretos, os africanos", afirmou também.
Em entrevista por telefone, Feliciano disse que as mensagens foram publicadas por assessores, sem a sua aprovação. O parlamentar afirmou também que não considera as mensagens racistas. "Não foi racista. É uma questão teológica", disse. "O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá. Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África", acrescentou.
Hoje, quase 20h depois das declarações, o deputado negou ser racista também no Twitter. "Tenho raízes negras como todos os brasileiros. Bem como dos índios e também europeus! Rejeito essas calunias infames! Aqui não seus desalmados", disse Feliciano.
Marco Feliciano foi eleito deputado federal nas eleições do ano passado, com mais de 211 mil votos, e diz ter 30 mil seguidores no Twitter. "Sou afro descendente, meu nariz é largo, meu cabelo é crespo. Tenho apoio do líder do movimento dos negros, pastor Albert Silva, de São Paulo", defendeu-se.”
Este comentário da UOL provocou um “efeito cascata” na rede virtual. De repente dezenas de blogs e sites passaram a taxar de racistas a declaração do parlamentar evangélico. O site: peticaopublica.com.br, imediatamente saiu à procura de assinaturas para um Abaixo-Assinado em favor da cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar. O site justifica o recolhimento de assinaturas, que deverão ser encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, da seguinte forma :
“O deputado, embora tenha tentado alegar que as mensagens foram postadas em seu twitter por assessores sem a sua autorização, reiterou as mesmas idéias contidas na mensagem publicada, tentando esquivar-se das críticas ao afirmar que não se tratava de racismo, mas sim de “questões teológicas”, como se a religião pudesse servir de pretexto para que se ataque camadas da população impunemente.
Diante dessa clara e lamentável manifestação de racismo e homofobia nós, membros da sociedade civil, exigimos a cassação do mandato do parlamentar em questão, bem como as sanções legais cabíveis por crime de racismo e quebra de decoro parlamentar.
Não vamos admitir que os deputados se valham de sua imunidade para cometer crimes e desrespeitar camadas da população enquanto recebem salários custeados com o nosso dinheiro”.
O jornal O GLOBO pôs em destaque o fato com a manchete: “Deputado federal Marco Feliciano faz cora às declarações de Bosonaro e ataca negro e homossexuais no Twitter”.
De acordo com o JORNAL DO BRASIL, a Frente Parlamentar pela Igualdade Racial também irá analisar o conteúdo das declarações do deputado para “investigar possíveis manifestações racistas”.
Já o site O GALILEO traz o pronunciamento do deputado, conforme postado em sua página na internet. Aqui reproduzirei apenas a parte que será objeto da minha análise:
“Após algumas horas de uma postagem na internet: AFRICANOS DESCENDEM DE ANCESTRAL AMALDIÇOADO POR NOÉ. ISSO É FATO. O MOTIVO DA MALDIÇÃO É A POLÊMICA. NÃO SEJAM IRRESPONSAVEIS TWITTERS rsss Fui alvo de milhares de pedradas, sapatadas, raquetadas, "twittadas", e ainda virei matéria de mídias como UOL, etc.
O que gostaria aqui de explanar, explicar e logo depois DENUNCIAR é algo grotesco e absurdo!
Primeiro a Explanação:
Gn. 9:22-25 - E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera.E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por escravo..
No texto acima temos a citação bíblica onde Noé amaldiçoa o descendente de Cão, ou seja, toda a sua descendência, pois Canaã era o mais moço. Canaã representa diretamente a descendência de Cão representando todos os seus filhos.
Gn.10:6 - E os filhos de Cão são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.
Acima vemos os filhos de Cão. Entre eles Cuxe. Veja abaixo a citação do Historiador Hebreu:
Flavio Josefo dá conta da nação de Cuxe, filho de Cam e neto de Noé : "Para um dos quatro filhos de Cam, o tempo não para toda a mágoa o nome de Cush; para a Etiópia , sobre o qual reinou, são ainda menos Neste dia, tanto por si e por todos os homens na Ásia , etíopes chamados. "(Antiquities of the Jews 1.6). ( Antiguidades dos Judeus 1,6).
Bem, citando a bíblia e a história, a veracidade sobre a postagem. AFRICANOS DESCENDEM DE CÃO, FILHO DE NOÉ.
Pois bem, há duas coisas que precisam ser analisadas nessa guerra argumentativa. Primeiramente não vejo nestas palavras do pastor Marco Feliciano uma declaração explicta de racismo como quer a mídia. Há dezenas de vídeos do pastor Marco Feliciano, muitos deles postados no youtube, e em nenhum se percebe esse suposto racismo alegado pela mídia eletrônica. Era de se esperar que esse suposto racismo do deputado possuísse um histórico. Ele parece não existir! Em segundo lugar, o que é de fácil percepção é que o deputado, enquanto pastor, apenas repete ou perpetua uma interpretação equivocada que se popularizou entre os evangélicos neopentecostais – A DOUTRINA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA! Há sim, um lastimável erro doutrinário fundamentado em uma flutuação teológica!
Entre os anos de 1990 e 2000 presenciamos uma verdadeira enxurrada de ensinos heterodoxos no meio do arraial evangélico. O ensino sobre “maldições de famílias” ou “maldição hereditária” despontou como sendo um dos principais. Multiplicava-se pelo Brasil a fora Seminários e mais Seminários enfocando esse assunto. Na verdade a doutrina da Maldição Hereditária se tornou uma paranóia no meio das igrejas neopentecostais. Por mais de uma vez assisti a cultos onde pregadores de renome nacional conclamavam os crentes a “quebrarem maldições que estavam sobre suas vidas”. A idéia por traz desse ensino era a crença de que alguma maldição não quebrada estava por traz da falta de prosperidade na vida do crente. A coisa se afastou tanto da Bíblia a ponto de muitos pregadores passarem a exigir dos fiéis a prática da regressão psicológica ou espiritual como condição de uma “libertação” plena. Foi detectado pelos apologistas que de 5.000 casos de práticas regressivas, cerca de 1.200 atestaram experiências de vidas passadas . Em palavras mais simples, a doutrina da maldição de famílias acabou por abrir porta para uma velha prática já há muito conhecida no espiritismo – a doutrina da reencarnação.
Apesar do bombardeio pesado por parte de muitos apologistas brasileiros, a doutrina da Maldição Hereditária ou de Famílias não acabou. Diminui a sua intensidade, mas vez por outra dar sinal de querer reerguer-se. Os apologistas Paulo Romeiro e Ricardo Gondim, somente para citar os mais aguerridos nesse combate, através dos seus escritos provocaram profundos ferimentos nessa teologia. Todavia observa-se que os apologistas não podem baixar a guarda sob pena de se constatar a ressurreição desse monstro que tanto males causou à igreja evangélica. É preocupante verificarmos que renomados escritores evangélicos continuem fazendo apologia dessa doutrina.
Ricardo Gondim observa que: “Umas das mais insidiosas heresias que tem surgido na igreja nesses últimos dias diz respeito a quebra de maldições familiares. Acredita-se que os pecados, alianças e padrões estabelecidos pelos antepassados podem exercer maldições sobre filhos, netos até a terceira ou quarta geração. Alguns, mais cautelosos, quebram maldições regredindo até à décima geração. O texto mais usado é êxodo 20.5 (...) Ora, se é Deus quem age, visitando a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração, como se quebra uma maldição de Deus?, certamente não é com uma repreensão verbal. A maldição da lei foi quebrada na cruz do Calvário e todos os que se apropriam da vitória de Cristo ficam livres de todo débito que tinham acumulado contra eles (Cl 2.14-15).
O que logo se percebe é que os fundamentos hermenêuticos, exegéticos e históricos defendidos pelo pastor, ora deputado, para justificar em seu texto a suposta doutrina da maldição hereditária não encontra apoio na história e nem mesmo na própria Bíblia. Ele diz citar a Bíblia e a história (o historiador judeu Flávio Josefo) para provar que os africanos descendem de Cão (Cam), filho de Noé. A argumentação do deputado, ora pastor, equivoca-se quando não percebe que Noé amaldiçoou Canaã, filho de Cão e não o próprio Cão (Cam). Se a raça negra não descende de Canaã, mas de Cão, então como poderia a maldição atingi-la? Não deveria ela atingir somente aos descendentes de Canaã, conforme narra o texto bíblico? E mais: porque somente os negros estariam sujeitos a maldição e não outros povos descendentes de Cão, tais como os egípcios, líbios e sul-arábios?
O expositor bíblico Warren W. Wiersbe, respeitado erudito, põe isso em destaque quando diz: “É uma pena que esse breve discurso tenha sido distorcido e interpretado incorretamente como uma “maldição”, pois aquilo que Noé disse teve muito mais caráter de profecia de um pai sobre seus filhos e netos. A palavra “maldição” só é usada uma vez, mas refere-se a Canaã, filho mais novo de Cam, e não ao próprio Cam. Isso indica que Noé estava descrevendo o futuro de seus filhos e de um de seus netos tomando por base o que via no caráter deles, algo não muito diferente do que Jacó fez antes de morrer (Gn 49)
[...] Há duas idéias equivocadas que devem ser esclarecidas. Em primeiro lugar, os descendentes de Cam (Cão) não eram membros da raça negra, mas sim caucasianos, de modo que não há qualquer fundamento para a instituição da escravidão nessa chamada “maldição de Canaã. Em segundo lugar, apesar de seus caminhos maus, alguns desses povos descendentes de Cam formaram grandes civilizações avançadas, como a dos babilônicos, dos assírios e dos egípcios”. Esse fato é visto ainda por outros expositores. De acordo com Bob Deffinbaugh “visto dessa maneira, é impossível ver qualquer implicação desta passagem para a subjugação dos povos negros da terra. Cam não foi amaldiçoado nesta passagem, mas Canaã. Canaã não foi o pai dos povos negros, mas dos cananeus que vieram na Palestina e que ameaçavam os Israelitas”.
É sempre perigoso assumir um posicionamento radical sobre qualquer assunto, quer seja ele de naturea "teológica" ou "científica" tomando como fundamento apenas suposições. O Nazismo alemão, responsável por uma das maiores trágédias da humanidade - o extermínio de seis milhões de judeus, - apoiou-se no mito da pureza da raça "Ariana" para justificar esse genocídio.
De com a Enciclopédia Judaica Tudo começou assim: No ano de 1808, Friedrich von Schlegel, célebre estudioso do sânscrito (católico casado com filha de Moisés Mendelssohn, Dorothea), observou, no decurso de suas pesquisas filológicas, certa proximidade entre o persa e o sânscrito de um lado e as línguas teutônicas (alemão, sueco, holandês, etc) de outro. A partir dessas observações inteiramente acidentais e de outras feitas por vários filólogos, elaborou finalmente uma hipótese complicada segunda a qual essas línguas "aparentadas" derivariam de uma língua ancestral comum, o "ariano", supostamente falada por um povo chamado "ariano", que habitava a terra de "Ariana". Nem é preciso dizer que o "ariano" era uma língua perdida e esquecida, os próprios "arianos"  haviam desaparecido no bojo da história, e a terra de "Ariana" era mencionada superficialmente no Zend Avesta, livro das escrituras semimíticas do Zoroastrianismo persa, escrito por volta do ano de 1000 a.E.C. Não há, porém, qualquer indicação de onde estaria situada.
Foi nesse hipóteticos arianos, habitantes de um país hipotético chamado Ariana, que falavam uma língua hipotética, o ariano, que os anti-semitas do século XX, entre os quais estavam, professores, jornalistas, e panfletários demagógicos alemâes, foram buscar as fontes de sua nobreza ancestral e de seu orgulho de fazer parte de uma "raça superior" da humanidade" (volume 5, p.36).
Fica, portanto, o alerta para que nínguem fundamente supostas verdades "teólogicas" tomando como base suposições e interpretações equivocadas do texto bíblico.
Não esqueçamos que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34) ) e que um só fez toda a raça humana! (At 17.26). No Senhor não existe branco, preto, pardo ou amarelo, mas um único povo comprado pelo sangue de Jesus!

Fontes consultadas:
www.uol.com.br. Acesso em 31 de março de 2011.
www.peticaopublica.com.br. Acesso em 01 de abril de 2011.
www.oglobo.com.br. Acesso 01 de abril de 2011
www.terra.com.br. Acesso em 01 de abril de 2011.
www.ogalileu.com.br. Acesso em 01 de abril de 2011.
HUNT, Davi. A Sedução do Cristianismo. Ed. Chamada da Meia Noite, 2005.
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era. Editora Aba Press.
WIERSBE, W. Warren. Pentateuco – comentário bíblico expositivo.
http://www.bible.org/. Acesso 01 de abril de 2011.
Enciclopédia Judaica

Em um outro texto estarei analisando a suposta relação homossexual praticada por Noé.
Até lá
Pr José Gonçalves

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tempos Difíceis

Os cristãos estão vivendo tempos difíceis. Descontentamento, decepção, desconforto, desencorajamento, desespero, depressão, divórcio, discórdia, desdém, desgosto, dissensão e desobediência são bastante comuns entre os que foram chamados para dar testemunho da glória de Deus e para refletir a imagem de Cristo. Muitos cristãos têm buscado conselheiros profissionais e psicólogos para ajudá-los a resolver os problemas da vida, mas esses problemas parecem estar aumentando.
Os "consumidores" cristãos carregados de problemas também podem escolher entre uma grande quantidade de produtos: livros, conferências e grupos de auto-ajuda – mas os problemas continuam se multiplicando. Quanto mais se trata dos problemas, mais as pessoas se tornam centradas neles. Até aqueles que tentam resolver os problemas da vida com princípios bíblicos, muitas vezes acabam se envolvendo tanto nesses problemas que não alcançam a raiz da dificuldade real. O tratamento dos problemas freqüentemente alcança somente os sintomas superficiais, apenas substituindo-os por outros sintomas. Alguns cristãos vivem de crise em crise. Outros carregam um peso que parece ficar mais e mais pesado com o passar dos anos.
Nunca houve tantos livros disponíveis para os cristãos na sua busca da família perfeita, do casamento perfeito e da vida perfeita. Não obstante, muitos cristãos falham em refletir a imagem de Cristo em sua família, no casamento e na vida. Será que as dificuldades que os cristãos enfrentam estão relacionadas com o fato deles estarem vivendo naqueles tempos difíceis sobre os quais Paulo alertou a Timóteo? "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas..." (2 Tm 3.1-2). A Edição Revista e Corrigida diz:"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos..."
Amantes de si mesmos
As pessoas estão perecendo por causa do amor – do amor a si próprias. Elas foram ensinadas pelos especialistas modernos em psicologia que deveriam amar a si mesmas. Elas ouviram que, a menos que se amassem, elas não poderiam amar aos outros. Pregadores e outras pessoas bem-intencionadas fizeram ecoar as palavras: "você precisa se amar". Conselheiros e televangelistas insistiram: "Ame-se! Goste de si mesmo! Honre-se! Você merece!" Cada vez mais essas tentações de auto-comiseração ou exaltação do ego são sutil e facilmente aceitas pelas pessoas, pois o coração é enganoso (Jr. 17.9).
Mas, observe o que procede de pessoas que são "amantes de si mesmas". Esses homens "egoístas" são: "avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus" (2 Tm 3.2-4).
Uma rápida observação das palavras que seguem "amantes de si mesmas" revela um estado de vida bastante pecaminoso, assim como atitudes e atos pecaminosos. Tal amor a si próprio é tão poderoso que os "amantes de si mesmos" são "mais amigos dos prazeres que amigos de Deus". E isso está em profunda contradição com o Grande Mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.36-39).
Enquanto que os propagadores do amor a si próprio tentam ler um terceiro mandamento (ame-se a si mesmo) nessa passagem das Escrituras, Jesus deixou claro que estava falando de apenas dois mandamentos, pois disse: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.40). Não há nas Escrituras um mandamento para amar a si mesmo.
Egoismo
Os homens são infelizes e sofrem com os problemas da vida porque se tornaram "amantes de si mesmos" e "mais amigos dos prazeres que amigos de Deus". A inclinação pecaminosa do ser humano é amar a si mesmo mais do que a Deus e às outras pessoas. O egoísmo se agarra à natureza humana e produz inveja, luxúria, orgulho, arrogância, desrespeito por Deus, desobediência aos pais, falta de gratidão, engano, provocando tanto a paixão pelos seus próprios caminhos quanto a contenda por causa deles. Ele leva também a falsas acusações, que são exageradas, já que as pessoas têm sido encorajadas a culpar seus pais, as circunstâncias, e a qualquer outra coisa, menos a si mesmas, pela sua condição de vida.
Será que as pessoas estão tentando desenvolver-se, melhorando a si mesmas e às circunstâncias em que vivem, sem tocar na raiz do problema? Será que o amor a si próprio está escondido sob os mais benevolentes gestos e por trás das orações mais fervorosas? Que tipo de crescimento pessoal as pessoas estão procurando? O crescimento pessoal que vai aumentar sua auto-estima, ou o crescimento pessoal que envolve negar a si mesmo e tomar a sua cruz? O crescimento pessoal que vai confirmar o valor de seus próprios egos, ou o que as tornará semelhantes à imagem de Cristo?
Ambas as formas de crescimento, tanto a que se inclina para o amor a si mesmo quanto a que se inclina para amar a Deus, têm um custo elevado. Amar a si mesmo mais do que amar a Deus leva a uma perda espiritual, mas amar a Deus com todo o seu ser leva a negar o "eu" e faz com que o efeito mortal da cruz se faça sentir contra o velho homem (aquele "eu" ao qual muitos de nós ainda estão agarrados e amam), que deve ser considerado morto (Rm 6).
Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?" (Lc 9.23-25).
O mesmo Deus que salva e santifica também ordenou que as boas obras sejam uma conseqüência natural da Sua obra: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.8-10). Essas boas obras incluem amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e a obediência a Ele, pois o amor a Deus é expresso obedecendo-Lhe e amando-se uns aos outros. Uma pessoa não é salva nem se santifica pelas boas obras. Entretanto, as boas obras são conseqüência do que Deus já fez e continua a fazer. Por isso, Paulo diz: "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.12-13).
Além disso, todas essas coisas devem ser feitas sem murmurações nem contendas (Fp 2.14), ou seja, sem reclamar ou discutir com Deus sobre as circunstâncias da vida e como proceder na presença dEle.
Por toda a caminhada cristã há o despojar-se dos velhos caminhos (do velho homem com suas paixões enganosas) e o revestir-se do novo homem, "criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Ef 4.24).
Essa é a caminhada diária do cristão. Despojar-se do velho homem é o equivalente a negar a si mesmo, e revestir-se do novo homem envolve tomar sua cruz e seguir a Cristo.
Despojar-se
Se bem que muitos cristãos podem concordar em princípio, quantos estão fazendo isso diariamente, momento após momento? Quantos de nós estão confiando no Senhor o suficiente para tomarmos a nossa cruz, reconhecendo-O em todos os nossos caminhos e deixando-O afastar-nos do amor-próprio para amá-lO de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força, amando-nos uns aos outros tanto quanto nós  nos amamos a nós mesmos? Cada dia é cheio de oportunidades para amar a Deus ou para amar o "eu" em primeiro lugar. Qual vamos escolher? (Martin e Deidre Bobgan, PsychoHeresy Awareness Letter 3-4/2000 – traduzido por Jarbas Aragão - http://www.apaz.com.br)

A Igreja Emergente: a Laodicéia do Século 21?

“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).
Parece que cada geração tem sua própria apostasia específica e, em alguns casos, até mesmo depois de um avivamento espiritual. A igreja do século 20 começou numa batalha pelos fundamentos da fé cristã. Durante aquele período, os evangélicos (i.e., cristãos da atualidade que crêem na Bíblia e que se constituem de fundamentalistas, separatistas e outros apaixonados amantes da Bíblia) experimentaram um crescimento sem precedentes. Mas então, muitos dos principais seminários começaram a se comprometer, fazendo concessões à filosofia pós-moderna do humanismo secular de nível superior. De 1920 a 1935, muitos líderes fundaram escolas cristãs, institutos bíblicos e seminários que geraram fiéis expositores da Bíblia e igrejas evangelizadoras que ganhavam almas para Cristo em todo o mundo. Infelizmente, vários jovens educadores ingressaram nas universidades seculares a fim de obter seu grau de PhD. Depois de se graduarem, tornaram-se professores de seminário no encargo de ensinar os candidatos ao ministério pastoral a pregarem as Escrituras, sendo que eles mesmos nunca tinham exercido o pastorado, nem haviam se dedicado à pregação. Uma das máximas essenciais do processo educacional é a de que “não se pode partilhar aquilo que não se possui”. O que se verifica com freqüência, nos dias atuais, é que pastores jovens se formam nos seminários, todavia conhecem muito pouco sobre a pregação expositiva, sobre as doutrinas fundamentais, sobre a evangelização e nem mesmo possuem as ferramentas necessárias para atuarem como pastores. Hoje em dia, é comum ver pastores, recém-formados num seminário, assumirem o ministério pastoral de uma igreja, sem nunca terem sido alunos de um professor de seminário que realmente tenha exercido o pastorado de uma igreja.
Além disso, a lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus. Muitos jovens que estudaram em faculdades cristãs já foram influenciados por essa moderna filosofia secular [N. do T.: Nos Estados Unidos há instituições de ensino fundamental, médio e superior que são mantidas por denominações e entidades evangélicas, cuja proposta de ensino e orientação educacional baseia-se em princípios bíblicos cristãos]. Até mesmo em algumas escolas cristãs de ensino fundamental e médio, é possível encontrar professores com formação acadêmica de orientação humanista, que propõem o ensino de uma filosofia secular dentro de um ambiente cristão. É espantoso verificar o grau de desconhecimento da Bíblia que a maioria dos calouros demonstra ao entrar numa faculdade cristã. O único antídoto para aqueles que sofreram essa lavagem cerebral humanista por muitos anos é uma genuína conversão a Cristo, acrescida de um tempo investido no estudo minucioso da Palavra de Deus.
Lavagem cerebral
A lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus.
A secularização da educação cristã fez com que muitos pastores jovens e sinceros se tornassem vulneráveis aos ensinos da igreja pós-moderna, ou como [seus membros] preferem se designar, “Igreja Emergente”. Esse movimento bebe da essência do antinomianismo, uma filosofia na qual os adeptos questionam mais a Bíblia e os fundamentos da fé do que o ensino e a influência anticristãs de sua formação educacional secular. Eles contam com o apoio de Hollywood, da mídia esquerdista e da música “heavy beat” que transmite mensagens antibíblicas num apelo às emoções, enquanto a mente é deixada de lado. Tal música pode, muitas vezes, apelar aos impulsos da carne e já invadiu as igrejas, onde muitos líderes eclesiásticos alegam que ela lhes presta um auxílio no processo de “crescimento da igreja”, tentando provar, com isso, que estão no “caminho certo”.
Entre os falsos ensinos que brotam da Igreja Emergente encontra-se uma forma não tão sutil de ataque à autoridade da Bíblia – um claro sinal de apostasia. Eles não mais afirmam: “Assim diz o Senhor” (apesar do uso dessa expressão por mais de duas mil vezes na Bíblia), por temerem que isso ofenda aquelas pessoas que apregoam a igualdade de todas as opiniões quanto ao seu valor. A Palavra de Deus não é mais interpretada por aquilo que realmente diz; em vez disso, é interpretada por aquilo que diz para você,desconsiderando, assim, o fato de que a formação educacional e a experiência de vida de uma pessoa podem influenciar a maneira pela qual ela interpreta as Escrituras, a ponto de levá-la irrefletidamente a um significado nunca planejado por Deus para aquele texto.
Alguns dão a entender que Jesus foi um “bom homem, até mesmo um bom exemplo, mas Deus?”. Disso eles não têm certeza. Outros relutam em chegar a tal ponto de questionamento, porque se Jesus não é Deus que “se fez carne”, então não temos um Salvador. Entretanto, há outros da Igreja Emergente que põem em dúvida o milagre da concepção virginal de Cristo, Sua morte substitutiva e expiatória, Sua ressurreição corporal e, obviamente, questionam mais de mil profecias bíblicas, tanto as que já se cumpriram, quanto as que ainda estão por se cumprir, as quais descrevem o maravilhoso plano de Deus para o nosso futuro eterno. Uma indicação da situação em que eles realmente se encontram é evidenciada pelas declarações de um dos seus principais líderes (que é chamado de evangélico), “apesar dele agrupar a série de livros Deixados Para Trás na mesma categoria de O Código DaVinci”.[1] Uma afirmação dessas, vinda de um dos líderes da Igreja Emergente, revela o grau de confusão ou de dolo a que eles de fato chegaram. Ou ele está confuso (iludido) quanto às mentiras gnósticas ocultistas que dominam o enredo de O Códico Da Vinci, ou rejeita, intencionalmente, a interpretação literal da Bíblia que é o fundamento da série Deixados Para Trás, baseada no livro de Apocalipse. Não temos nenhuma dúvida ao afirmar que os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.
Os mestres pós-modernos que se denominam “evangélicos”, embora neguem a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3), são bem rápidos em falar o que eles e outros filósofos heréticos pensam, porém, raramente dizem o que Deus deixou registrado por escrito em Sua biblioteca de sessenta e seis livros, a Bíblia. Eu, particularmente, creio que eles, na verdade, são hereges, apóstatas e lobos “disfarçados em ovelhas”. Devido ao fato do cristianismo liberal ter caído no vácuo do descrédito e das igrejas liberais terem ficado vazias, eles agora fazem uma tentativa de re-empacotar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maior parte desses conceitos não passa daquilo que costumava ser chamado de modernismo ou liberalismo, ainda que expressos com uma terminologia pós-moderna.
Divina Inspiração
Os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.
É difícil obter deles informações quanto ao que realmente crêem, mas eles sabem, muito bem, que não crêem nos fundamentos da fé bíblica. Já é hora de chamarmos a atenção das igrejas para o fato de que tais pessoas são hereges e falsos mestres que“não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Tessalonicenses 2.12), tal como Judas escreveu nos versículos 17 e 18 de sua epístola: “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”.
A mensagem do Espírito Santo dirigida à igreja de Laodicéia se enquadra perfeitamente à realidade deles: “Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres outro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.14-22).
Minha expectativa de que a verdadeira igreja evangélica assumisse sua posição “em alto e bom som” contra essa nova forma pós-moderna de apostasia, concretizou-se, recentemente, num simpósio de nosso Pré-Trib Study Group [Grupo de Pesquisas Pré-Tribulacionistas], ocorrido no final de 2006. Foram proferidas várias palestras excelentes que expuseram os erros desse novo movimento. Quase que simultaneamente recebi um exemplar do periódicoThe Master’s Seminary Journal [Jornal do Seminário Master’s] que também desmascarava esse movimento através de artigos escritos pelo Dr. John MacArthur e pelo Dr. Richard Mayhue, dentre outros articulistas. Em seguida, chegaram informações de que o Dr. John MacArthur está escrevendo um livro sobre o assunto. Certamente será uma obra completa, de modo que nos ajudará a confrontar essa heresia moderna pelas Escrituras, tal como somos expressamente orientados a fazer nestes últimos dias (i.e., “[provar] os espíritos se procedem de Deus”, 1 João 4.1). Pastores inexperientes e mal alicerçados na Palavra de Deus estão sendo influenciados por essa forma atual de apostasia. Se tais pastores, porventura, comprarem essas idéias nitidamente heréticas, levarão suas igrejas ao desvio da verdade, através de falsos ensinamentos. Se líderes cristãos proeminentes e bem conhecidos não se opuserem abertamente a essa distorção apóstata, é muito provável que se cumpram, negativamente, as palavras desta profecia: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).
Ao procurar uma igreja para sua família, certifique-se de avaliá-la pela importância que dá à Palavra de Deus. Você se lembra daqueles judeus “de Beréia”? Eles pesquisavam diariamente nas Escrituras para saber se os ensinamentos de Paulo e Silas eram legítimos e coerentes: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11). (Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)
Nota:
1. ‑Jan Markell, “Other Observations on the Condition of the Evangelical Movement”, publicado na revista Lamplighter Magazine, vol. XXVIII, edição jan/fev de 2007, p. 12.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007.